O episódio triste dos aumentos
previstos na EDP Comercial, que se seguiram ao anúncio governamental da baixa
de preços da energia no mercado regulado, volta a trazer à baila o assunto da
regulação, que para muitos é necessária, mas para alguns é desnecessária e
indesejada.
Recordemos os argumentos
apresentados pela EDP, que foram o preço do carvão, dos outros combustíveis, e
a baixa pluviosidade que fez baixar a produção hidroeléctrica.
Esta empresa sofre de amnésia,
muito conveniente, diga-se, e não refere que nos outros anos em que choveu bastante,
em que os combustíveis fósseis atingiram valores mínimos no mercado
internacional, e que não se traduziram em reduções de preços ao consumidor, o
que seria normal para uma empresa séria.
Infelizmente não são apenas
problemas como este que nos fazem recuar no tempo, e lembrar que muitos
políticos e economistas há alguns anos falavam da virtualidade das
privatizações, que infelizmente aconteceram. Todas as empresas públicas que
davam lucro, (EDP, ANA, GALP, PT, CTT, etc.) foram vendidas a pataco, e agora
continuam a dar lucro mas quase que só a interesses estrangeiros.
Aqueles políticos e economistas
que participaram nas privatizações onde estão? Será que alguns não passaram uns
tempos depois para os quadros das novas empresas, como gestores, altos quadros
ou mesmo administradores das mesmas?
Quem é que me demonstra que os
portugueses e o país ganharam com as tais privatizações? E quem é que ainda
pretende convencer-me de que o mercado liberalizado é bom e justo, e que se
regula a si próprio por causa da concorrência?
Vamos de mal a pior.
ResponderEliminarAmigo desejo-lhe um bom fim de ano e um excelente 2018.
Abraço
Promiscuidade, é o termo! Os políticos dos partidos do poder, os comentadores do poder dos media, os jornalistas da notícia paga à peça, sonham com os luxos da burguesia e, vai daí vale tudo! Vender o que é de todos, adulterar a verdade, desinformar...
ResponderEliminarEstamos bem entregues, estamos! Estamos também com medo das revoluções mas sem elas, nunca daremos o passo em frente que urge dar!
Um abraço cómodo dum incomodado