O ministro da Cultura, Luís
Filipe Castro Mendes, afirmou há pouco tempo que pretende criar condições para
uma maior autonomia dos museus, palácios e monumentos, possivelmente com a
criação dum instituto público, o que a acontecer já não será nesta legislatura.
O senhor ministro não tem peso
político, nem o atrevimento necessário para enfrentar a ditadura do Ministério
das Finanças, convencendo o 1ª ministro da necessidade de dar alguma autonomia
aos serviços, usando parte das receitas obtidas, responsabilizando, e motivando
assim as direcções para uma gestão mais eficiente e a prazo.
O sistema actual em que a simples
compra de lâmpadas ou o arranjo de instalações eléctricas ou canalizações,
estão sempre dependentes de autorização prévia da DGPC, ainda que sejam coisas
elementares e muitas vezes da máxima urgência.
A falta de margem de manobra, e a
ausência total de poder de decisão, quando se trata de despesas, mesmo que
correntes como as que descrevi, são absolutamente inexplicáveis e causam um
desgaste que conduz à desmoralização de quem trabalha nos museus.
A criação da DGPC foi um erro
monstruoso de quem desconhecia que já tinha sido tentada uma solução idêntica,
o antigo IPPC, que demonstrou ser uma péssima opção. Esperemos que se discuta
internamente uma opção mais ágil, envolvendo os trabalhadores, que na realidade
são quem ainda vai conseguindo manter em funcionamento os serviços, apesar de
todos os constrangimentos.
CARTOONS
Clássico
Modernista
Colocar historiadores trabalhar não para número de entradas, mas sim para conseguir receitas e melhorar os serviços? Olhe que alguns não iam gostar...
ResponderEliminarJoca
Se não se sentem habilitados recusem o lugar, ou em alternativa porque não são secundados por alguém com capacidade de gestão?
ResponderEliminarKokuana