Não devia ser preciso repetir que
a produtividade de qualquer trabalhador, ou equipa de trabalho, depende e muito
da motivação que lhes é incutida e do reconhecimento do mérito, por parte das
chefias e da entidade empregadora.
Quando se ouve agora falar no
descongelamento das carreiras da função pública, confesso que me dá vontade de
rir, porque não passa de discurso para entreter, ou como diria Jerónimo de
Sousa, encanar a perna à rã.
Na função pública existem
basicamente 3 categorias profissionais, a saber os técnicos superiores, os
assistentes técnicos e os assistentes operacionais. Para além destas categorias
só temos as posições de chefia de cada grupo profissional, lugares a que nem
todos podem aceder, como é evidente.
Deixei de lado as carreiras
específicas, bem poucas como se sabe, e que têm particularidades mais difíceis
de explicar.
Começo por dizer que foi uma
asneira transformar o que existia no passado, simplificando de tal modo as
coisas que agora é praticamente impossível premiar o mérito, criando diferenças
entre quem entra na carreira e quem mostrou consistentemente a sua competência,
e que não tem que, forçosamente, ter características ou perfil de liderança
para chefiar grupos de trabalho.
Chegados a isto, resta como
prémio de consolação, o descongelamento dos escalões, onde na realidade conta
mais a antiguidade, e a graxa, do que o mérito, porque as classificações de
serviço continuam a ser uma farsa.
Querem motivação? Assim não vamos
lá!...
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