segunda-feira, agosto 28, 2017

O MÉRITO E A MOTIVAÇÃO



Não devia ser preciso repetir que a produtividade de qualquer trabalhador, ou equipa de trabalho, depende e muito da motivação que lhes é incutida e do reconhecimento do mérito, por parte das chefias e da entidade empregadora.

Quando se ouve agora falar no descongelamento das carreiras da função pública, confesso que me dá vontade de rir, porque não passa de discurso para entreter, ou como diria Jerónimo de Sousa, encanar a perna à rã.

Na função pública existem basicamente 3 categorias profissionais, a saber os técnicos superiores, os assistentes técnicos e os assistentes operacionais. Para além destas categorias só temos as posições de chefia de cada grupo profissional, lugares a que nem todos podem aceder, como é evidente.

Deixei de lado as carreiras específicas, bem poucas como se sabe, e que têm particularidades mais difíceis de explicar.

Começo por dizer que foi uma asneira transformar o que existia no passado, simplificando de tal modo as coisas que agora é praticamente impossível premiar o mérito, criando diferenças entre quem entra na carreira e quem mostrou consistentemente a sua competência, e que não tem que, forçosamente, ter características ou perfil de liderança para chefiar grupos de trabalho.

Chegados a isto, resta como prémio de consolação, o descongelamento dos escalões, onde na realidade conta mais a antiguidade, e a graxa, do que o mérito, porque as classificações de serviço continuam a ser uma farsa.

Querem motivação? Assim não vamos lá!...



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