Está cada vez mais na moda ouvir
uns iluminados que resolvem demonizar o que os portugueses fizeram desde o
tempo das descobertas até ao 25 de Abril, como se devêssemos estar
envergonhados com a nossa História, e não raras vezes socorrem-se dos piores
argumentos, a raça ou a cor.
Os portugueses são, todos o
sabem, o resultado de um vasto cocktail de raças, umas que por cá se
instalaram, outras que ciclicamente nos invadiram e dominaram, e outras com
quem voluntariamente nos fomos mesclando após a época das descobertas. Como se
percebe são muitos séculos de História e de miscigenação.
Os contactos com outros povos nem
sempre foram do tipo que hoje consideramos moralmente correctos, mas à luz dos
tempos foram idênticos e proporcionais aos que se praticavam pelas paragens por
onde andámos, pelo que não os podemos julgar pelos padrões morais, ou
religiosos dos nossos dias.
Uma frase do tipo, “Portugal não
é branco, nem em primeiro lugar dos brancos”, explica bem o que mais detesto nesta
gente que se exibe como supremacista moral. Será que algum deles se imaginou,
por um segundo que fosse, nos sapatos de quem criticam, na mesma época e nas
mesmas condições?
Sem comentários:
Enviar um comentário