No mês de Julho o Público
anunciava que Portugal vai ser o país tema da Feira Internacional do Livro de
Guadalajara em 2018, e que o orçamento disponibilizado para a participação
portuguesa vai ser de 2,5 milhões de euros.
Neste mês de Agosto a revista do
Expresso de dia 19 voltava ao assunto, fazendo referência à falta de
investimento e de atenção dada à Biblioteca da Ajuda, onde os leitores rapam
frio no Inverno, e tudo escasseia para um funcionamento digno desse nome.
Podia falar-se da Biblioteca
Joanina da Universidade de Coimbra, que parece estar a cavalgar a crista da
onda do aumento das visitas, mas que todos sabem estar a ser colocado em risco
o seu espólio, exactamente por causa do excesso de visitantes, que alteram o
ambiente do espaço, facto que não parece incomodar os responsáveis pela
biblioteca.
Falar da Biblioteca do Convento
de Mafra também é uma possibilidade, pois no Inverno gela-se lá dentro, que o
digam os guardas do espaço, que nem se podem aquecer porque não existem
aquecedores nem tomadas.
Porque na Cultura a segurança é
tratada com demasiada ligeireza, e não apenas nos monumentos, o que foi feito
nestas bibliotecas em termos de segurança contra incêndios? Quais os
dispositivos existentes?
As nossas bibliotecas são maravilhosas e deviam orgulhar-nos, mas a política miserabilista que tem sido seguida não condiz mesmo nada com o anúncio de despesas de 2,5 milhões num certame internacional, por muito prestigiante que seja.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, com o
ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes e pelo presidente da
FIL, Raúl Padilla López no início da cerimónia de formalização da
participação de Portugal como país convidado de honra na Feira
Internacional do Livro de Guadalajara. Lusa/António Pedro Santos
Mania das grandezas e satisfação de clientelas
ResponderEliminarJoca
Desta vez, o Diogo Ramada Curto tem razão.
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