Confesso não ter qualquer paixão
clubista, e não ser um amante do futebol, mas como todos os portugueses vou
ouvindo e lendo o que se diz e escreve sobre a matéria, ainda que me fique
sobretudo pelos títulos.
Sei que o Futebol Clube do Porto
se sagrou campeão, e que comemorou como é hábito nestas ocasiões, e isso no meu
caso é informação suficiente.
O excesso de informação veio da
parte do deputado da nação, Carlos Abreu Amorim, que decidiu escrever no
Twitter uma enormidade concordante com a sua corpulência, mas discordante com o
cargo de deputado da nação.
Era escusado ter escrito
“Magrebinos: curvem-se perante a glória do grande dragão!”, porque aqueles a
quem ele chama de “magrebinos”, também lhe pagam o salário de deputado. A
afirmação é insultuosa, mesmo no campo do direito, e é indigna de um eleito.
Não sei qual o estado do deputado
quando escreveu o insulto a quem não é adepto do FCP, mas temo que a continuar
a regular-se pelo mesmo diapasão, venha dentro de poucos dias pedir a
independência do município do Porto, e também do de Gaia pelo qual é candidato
autárquico.
Carlos Abreu Amorim não me conseguiu ofender, a mim que sou um português nascido em África, com muito orgulho de ambas as condições.