sexta-feira, março 09, 2012

O SUPER-MARIO E O BCE

Em poucos meses à frente do BCE, Mario Draghi já deu nas vistas, fazendo jus à sua alcunha, impondo a aprovação do “pacto orçamental” e por ter feito com que o BCE emprestasse um bilião de euros à banca europeia a um juro de 1% ao ano.

Alguns analistas e economistas de renome vieram apressadamente dizer que Draghi tinha salvado a Europa da crise, apenas porque os juros da dívida da Itália e da Espanha baixaram um pouco nos dias seguintes.

A causa da trégua dada pelos mercados foi outra bem diferente, e prendia-se com a importância que começa a ser dada ao crescimento económico e ao desemprego, apesar de ainda ser apenas um tema sobre a mesa e não tenha resoluções concretas em implementação.

Na realidade Mario Draghi apenas beneficiou a banca privada em detrimento dos países em maiores dificuldades de acesso ao crédito, o que não aliviou em nada a situação destes últimos. O dinheiro emprestado à banca apenas serviu para esta trocar outros créditos a juros superiores por outros a 1” ao ano, e no caso dos países em dificuldades esse dinheiro não chegará à economia real.

Como sem dinheiro não há crescimento nem se criam empregos, o Super-mario não resolveu os problemas da Europa, apesar do elevado montante emprestado pelo BCE, muito superior às "ajudas" dadas aos países alvo de programas de resgate.



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4 comentários:

  1. “Pelo que sei o Super-Mario gosta mesmo é de entrar pelo cano” Quem pega emprestado acho que tem que devolver. Mas uma vez vejo apenas "ajudas do Diabo".

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  2. O homem é habilidoso, mais um juntar-se à trupe.Os grandes problemas continuam por resolver definitivamente.

    cumpts

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  3. Fiquei sabendo por cá que perdoaram até 90% da dívida da Grécia, por que também não perdoam outros países? Que tipo de união européia e essa que só privilegia alguns? Fico a imaginar que países de fato pagaram suas contas? Sem mais comentários...

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  4. Beneficiar a agiotagem e sacrificar os povos é o resultado da política económica europeia.
    Bjos da Sílvia

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