Em Portugal as manifestações têm sido normalmente pacíficas e sem qualquer tipo de excessos, devido à organização dos sindicatos, que nesse aspecto tem sido impecável.
Nas últimas manifestações têm surgido à margem das manifestações organizadas pela CGTP, alguns incidentes com grupos de manifestantes autónomos, que têm envolvido também forças de segurança e alguns excessos.
A situação tende a piorar, não só pelo aumento do desemprego e da precariedade, mas sobretudo pela teimosia de uma certa direita que acha que os trabalhadores não devem fazer greves ou manifestar-se, e que acenam sempre com os inconvenientes que as greves naturalmente acarretam.
Ontem ouvi um deputado do CDS dizer que há o direito à greve mas que devia haver o direito a trabalhar quando há greves, o que nunca esteve em causa, logo ele que defendeu as alterações às leis laborais e à facilitação dos despedimentos.
Pode ser que num futuro próximo seja mais difícil mobilizar os trabalhadores para greves ou manifestações, mas será também muito mais provável que o descontentamento passe a ser descontrolado e acabe por ser mais prejudicial para todos.
Dar ouvidos à insatisfação devia ser uma obrigação dos eleitos, porque o povo não é masoquista nem tão tolo, que lhe dê para sacrificar um dia de salário só para ir para a rua gritar umas quantas palavras de ordem.
Quando as coisas derem para o torto aprendem.
ResponderEliminarBjos da Sílvia
O povo deveria descontenta-se mais rapidamente com estes políticos que não produzem bons resultados... Manifestações de descontentamento são um direito daqueles que se sentem lesados pelo regime da anarquia ecônomica...
ResponderEliminarPara o toro irão dar: estou certa de que o próximo conflito armado terá origem nesra situação , agravada pela transição entre ciclos .
ResponderEliminarUm bom final de semana
Até eles , que se estão nas tintas para os direitos dos trabalhadores e para a democracia, dizem sempre com aqueles ar escanselado: a greve é um direito em democracia!
ResponderEliminarMas lá por dentro deles nós sentimos o rosnar dos seus incómodos. Em privado, dizem que só os trabalhadores do estado e de algumas grandes empresas é que fazem greve, deixando subentendido que a greve é um privilégio de alguns e como privilégio devia ser banido. Sabem eles muito bem que no setor privado as adesões são menores porque existe medo.
Um abraço sem medo mas com cautelas
A direita tem sempre o mesmo comportamento autoritário e muito pouco de modelo...
ResponderEliminarcumpts