Todos encaram a publicidade como um meio eficaz de dar a conhecer um produto e potenciar a sua venda. Tem sido essa a lógica utilizada até ao presente, mas pelos vistos algo começou a mudar há bastante tempo mas ninguém lhe deu a importância devida.
Se bem se recordam tudo começou com a proibição da publicidade ao tabaco e com algumas restrições à publicidade às bebidas alcoólicas. Alguns bateram-se por isso, mesmo dentro do meio publicitário, demonstrando uma certa sensibilidade a problemas sociais e de saúde relativos a esses mesmos produtos. Era politicamente correcto, socialmente bem aceite, e deixava em aberto um mercado imenso ainda por explorar em termos publicitários.
Nos dias que correm quase todas as medidas que se tomam produzem aquilo a que vulgarmente se chamam, efeitos directos e efeitos colaterais. Os fumadores começaram a ser encarados como gente abjecta, apesar de um consumidor de drogas ser ao invés considerado um doente. Um apreciador de uma qualquer bebida alcoólica é um potencial bêbado, mas um consumidor das zurrapas das discotecas e outros locais de diversão nocturna são apreciadores de boa música e gente desempoeirada.
O puritanismo contudo não parou por aqui, e agora temos também quem proponha restrições à publicidade aos automóveis, afinal também eles grandes poluidores. Aqui começaram a soar as campainhas de alerta da indústria publicitária, que curiosamente também promove os próprios legisladores, os políticos. Ó da guarda que o mercado começa a ficar cada vez mais limitado e já se começam a fazer contas.
A caixa de Pandora está aberta. Agora são os automóveis, amanhã serão os aviões e as companhias aéreas, depois as cimenteiras, as suiniculturas, as discotecas, etc, etc. Será que os puristas vão permitir que a bem da redução dos preços dos bilhetes de avião se façam cada vez mais aviões? Ou que a bem do negócio das discotecas se permita que o som debitado pelas instalações sonoras ultrapasse os limites do ruído tolerável pelo ouvido humano?
Quem quer apostar que tudo isto vai parar ao caixote do lixo? Falo das restrições à publicidade aos automóveis, porque começa também a ser difícil parar os fundamentalistas e puristas, e satisfazer os grandes grupos económicos ao mesmo tempo. Afinal a montanha vai apenas parir um rato, e para dar um sinal de preocupação ambiental, basta punir os fumadores, que bem feitas as contas prejudicam mais o planeta e até causam mais mortes dos que os benditos automóveis. Basta um bode expiatório, para satisfazer as consciências hipócritas que nos comandam, ao sabor dos grandes interesses económicos.
Se bem se recordam tudo começou com a proibição da publicidade ao tabaco e com algumas restrições à publicidade às bebidas alcoólicas. Alguns bateram-se por isso, mesmo dentro do meio publicitário, demonstrando uma certa sensibilidade a problemas sociais e de saúde relativos a esses mesmos produtos. Era politicamente correcto, socialmente bem aceite, e deixava em aberto um mercado imenso ainda por explorar em termos publicitários.
Nos dias que correm quase todas as medidas que se tomam produzem aquilo a que vulgarmente se chamam, efeitos directos e efeitos colaterais. Os fumadores começaram a ser encarados como gente abjecta, apesar de um consumidor de drogas ser ao invés considerado um doente. Um apreciador de uma qualquer bebida alcoólica é um potencial bêbado, mas um consumidor das zurrapas das discotecas e outros locais de diversão nocturna são apreciadores de boa música e gente desempoeirada.
O puritanismo contudo não parou por aqui, e agora temos também quem proponha restrições à publicidade aos automóveis, afinal também eles grandes poluidores. Aqui começaram a soar as campainhas de alerta da indústria publicitária, que curiosamente também promove os próprios legisladores, os políticos. Ó da guarda que o mercado começa a ficar cada vez mais limitado e já se começam a fazer contas.
A caixa de Pandora está aberta. Agora são os automóveis, amanhã serão os aviões e as companhias aéreas, depois as cimenteiras, as suiniculturas, as discotecas, etc, etc. Será que os puristas vão permitir que a bem da redução dos preços dos bilhetes de avião se façam cada vez mais aviões? Ou que a bem do negócio das discotecas se permita que o som debitado pelas instalações sonoras ultrapasse os limites do ruído tolerável pelo ouvido humano?
Quem quer apostar que tudo isto vai parar ao caixote do lixo? Falo das restrições à publicidade aos automóveis, porque começa também a ser difícil parar os fundamentalistas e puristas, e satisfazer os grandes grupos económicos ao mesmo tempo. Afinal a montanha vai apenas parir um rato, e para dar um sinal de preocupação ambiental, basta punir os fumadores, que bem feitas as contas prejudicam mais o planeta e até causam mais mortes dos que os benditos automóveis. Basta um bode expiatório, para satisfazer as consciências hipócritas que nos comandam, ao sabor dos grandes interesses económicos.
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Fotografias de Natal
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Humor Natalício
Mistletoe by *Sh3lly
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Caricaturas do Brasil
O problema em todo o lado é sempre o perigo do fundamentalismo, começa-se devagar mas aprece sempre alguém com vontade de ir mais longe.
ResponderEliminaré evidente que existe por ai muita publicidade que não faz qualquer sentido, mes essa de restrições aos automóveis tem piada, como disse e muito bem a seguir íamos por onde...
A ditadura do politicamente correcto começa a ser intolerante. Daqui a nada mais vale pedir aos "talibans" que venham até cá darem lições de democracia.
ResponderEliminarSei que conheces bem o mercado publicitário, por isso acredito que o alarme seja real por essas bandas. Vamos ver onde vai parar esta fúria legislativa, em prol do politicamente correcto.
ResponderEliminarBjos
Estou a começar a inchar com tanto politicamente correcto...
ResponderEliminarqualquer dia quando formos à sanita temos que levar um pacotinho e um lacinho,para "o empacotarmos" muito bem e de seguida com toda a delicadeza o colocarmos num recipiente todo esterilizado, com data de validade, graus de refrigeração e hora de empacotamento,
IRRA!!!
beijão grande
Um panorama muito completo. Por «vontade» de muitos voltaríamos ao tempo da pedra lascada!!!
ResponderEliminarMas este fundamentalismo irá continuar por mais algum tempo e depois será um «faz de conta», mais leis que ficam no papel ou dão aso a que a ASEA acorde mal disposta e faça uma razia durante dois ou três dias e depois volte à letargia tipicamente portuguesa.
Somos um povo sem vontade própria e com grandes entusiasmos que passam como relâmpagos, sem deixarem rasto.
Um abraço
No blog Do Miradouro há textos novos em cada dia.
Devia acabar-se, era com os fundamentalistas, os radicais, facciosos, e fanáticos
ResponderEliminarÈ a pior espécie que há dão cabo do planeta e da humanidade, em nome de falsos conceitos
Onde existe esta raça de gente o melhor é fugir , são a favor do mal e de interesses obscuros, e conta a liberdade
Saudações amigas
Meu caro,
ResponderEliminarJá não há palavras para descrever esta espécie de desvario que se apoderou de alguns... chicos espertos.
Eu estou curiosa para saber até onde isto vai, mas se calhar, a montanha nem um rato vai parir, antes um p...
Um abraço
Gostei da análise. A publicidade serve para vender produtos e tem de ser comprada por aqueles que os vendem. Ora, quem é que dispõe de mais dinheiro para investir em publicidade? As grandes corporações económicas, claro!
ResponderEliminarSerá por este motivo que se "publicita" tão pouco a Cultura, por exemplo?
Um abraço amigo
Contracorrente