Tive a oportunidade de ler na íntegra as análises de António Barreto e Pacheco Pereira no semanário Expresso, e muito modestamente achei que focaram alguns aspectos da vida política e da sociedade portuguesa que já tinham sido objecto de reflexão nos espaços da blogosfera que regularmente visito.
O país descrito pelos dois analistas não difere substancialmente dos inúmeros retratos que povoam dezenas de blogues, e apesar disso conhecemos as críticas ferozes de Pacheco Pereira à blogosfera, onde deixou de ser a referência única, como eventualmente desejaria, e também me surpreendeu uma frase de António Barreto, que quanto a mim estará fora do contexto, “as novas tecnologias privilegiam a forma em detrimento do conteúdo. É o mundo do superficial, do efémero, das sensações rápidas.” Fiquei convencido de que A.B. não se estaria referir aos blogues, pois tal afirmação não tem qualquer fundamento nem faz sentido.
Os temas da conflitualidade social, da insegurança, da divisão de áreas de influência entre os partidos do centrão, o autoritarismo, a má qualidade do jornalismo em geral, e a sobrevalorização dada pela imprensa e pela propaganda governamental relativa aos ‘êxitos’ da presidência portuguesa da União Europeia, são absolutamente consensuais para todos, exceptuando-se naturalmente os indefectíveis apoiantes de Sócrates.
Muitos do que passam por aqui pel’O Guardião, já escreveram, leram e até comentaram artigos falando disto tudo, alguns até de excelente qualidade literária, séria, ou mesmo humorística. Acabei por ficar mais reconfortado pela simples razão de constatar que mesmo os analistas sociais como António Barreto e Pacheco Pereira, traçam um panorama bastante negro do estado da nação e da acção dos políticos que pisam os palcos do poder em Portugal.
O país descrito pelos dois analistas não difere substancialmente dos inúmeros retratos que povoam dezenas de blogues, e apesar disso conhecemos as críticas ferozes de Pacheco Pereira à blogosfera, onde deixou de ser a referência única, como eventualmente desejaria, e também me surpreendeu uma frase de António Barreto, que quanto a mim estará fora do contexto, “as novas tecnologias privilegiam a forma em detrimento do conteúdo. É o mundo do superficial, do efémero, das sensações rápidas.” Fiquei convencido de que A.B. não se estaria referir aos blogues, pois tal afirmação não tem qualquer fundamento nem faz sentido.
Os temas da conflitualidade social, da insegurança, da divisão de áreas de influência entre os partidos do centrão, o autoritarismo, a má qualidade do jornalismo em geral, e a sobrevalorização dada pela imprensa e pela propaganda governamental relativa aos ‘êxitos’ da presidência portuguesa da União Europeia, são absolutamente consensuais para todos, exceptuando-se naturalmente os indefectíveis apoiantes de Sócrates.
Muitos do que passam por aqui pel’O Guardião, já escreveram, leram e até comentaram artigos falando disto tudo, alguns até de excelente qualidade literária, séria, ou mesmo humorística. Acabei por ficar mais reconfortado pela simples razão de constatar que mesmo os analistas sociais como António Barreto e Pacheco Pereira, traçam um panorama bastante negro do estado da nação e da acção dos políticos que pisam os palcos do poder em Portugal.
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Fotografia
GUARDIÃO
ResponderEliminar2007 está de saída.
Não deixemos que com ele termine a magia, a solidariedade, a amizade que nos aproxima.
Agarremo-las para o Novo Ano 2008.
Que cada dia seja repleto de luzes, esperança, renascimento, renovação, amor, paz e principalmente muita saúde.
Beijos de luz e muita força.
FELIZ 2008!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAmigo Guardião:
ResponderEliminarTens toda a razão naquilo que escreves.
Os dois "peritos" encartados, de quem hoje falas, nada de novo trouxeram em termos de análise à nossa política actual.
Deverá ser muito preocupante para eles e para outros que, muita gente, nos blogues e fora deles, tenha análises tão ou mais inteligentes. Com a desvantagem, para os últimos, por não receberem nenhum "cachet".
De salientar ainda que enquanto uns as fazem - a maioria das vezes - sem terem em vista a defesa de interesses partidários, os outros (os "peritos") acabam por ser, ridiculamente, caixas-de-ressonância das políticas dos partidos de sua simpatia.
A autoproclamada independência desses dois "peritos" e de outros, em relação aos partidos a que pertencem ou pertenceram, é um "bluff".
"Bluff" que vai resultando, com o beneplácito dos grandes meios de comunicação social, não só para fidelizar as audiências, mas sobretudo para fidelizar partidariamente a maioria do público que os frequenta.
Audiências cujo número de pessoas passivas, acríticas e por conveniência (muitas vezes afectas aos partidos da governação) é muito superior ao das pessoas que estão atentas aos jogos do poder, digo eu.
Mas até quando?
O Povo (palavra quase obscena para a grande burguesia), felizmente, cada vez parece querer ser mais esclarecido, apesar de tudo.
É muito triste vermos quase todos os dias as mesmas figuras afectas aos partidos do poder a tentar influenciar os leitores, ouvintes ou radiouvintes com o propósito de se manter o "statu quo".
Obviamente que há jornalistas sérios e comentadores sérios em Portugal que < i >de vez em quando< /i > são chamados para manifestarem os seus pontos de vista.
Mas é só de vez em quando. Propositadamente.
Nada tenho contra os dois visados de hoje e até devo dizer que nutro alguma simpatia por algumas das suas posições políticas. Mas só por algumas, poucas. Apenas me serviram de exemplo, porque as trouxeste à colação, mas reconheço que há bem piores.
Um abraço para ti com os desejos sinceros de que o ano que aí vem te traga a realização dos teus maiores anseios.
Como já é hábitual os grandes comentadores que menosprezam os blog's e a opinião do homem comum, nada vieram acrescentar de substantivo às análises e críticas que muitos blog's sérios já fizeram. A isenção também não é maior só porque os dois senhores já ocuparam cadeiras no poder, muito pelo contrário.
ResponderEliminarÉ isso que os incomoda, não serem os primeiros e/ou os únicos a emitir a opinião, mas é essa a virtude da blogosfera - chega primeiro.
Bjos
O que eu gostava de saber é porque é que são sempre os mesmos a dar a opinião nos jornais e na televisão ?
ResponderEliminarMas que é que disse que esses senhores é que sabiam analisar as coisas ?
Amigo Guardião,
ResponderEliminarNa essência, repetiria o comentário do Zé Lérias... porque é o que sinto também.
Mas hoje venho só deixar-te os meus votos para que o ano que aí vem te traga tudo o que mais desejares. A ti e aos teus...
Um grande abraço
Ola!
ResponderEliminarComeço pelas imagens, hoje particularmente belas.
Subo depois ao texto e fico admirado com o que contas do Antº B. que considero um homem com cabeça e espinha. Provavelmente náo terá tempo para ler o que diz boa parte dos bloguistas.
Quanto ao P.Perª, e desde que o Abrupto deixou de ser "A Bíblia" que ele pretendia e alguns abençoaram, pronto...é tudo mau menos ele, claro, que faz um blogue à custa de quem lá vai. Um espertalhaço que tem amania de que tem sempre razão. Irascível e cinzenta criatura!
O mundo dos blogues levar-nos-ia a uma longa apreciação.
Não temos espaço nem tempo, agora.
Talvez um dia, quem sabe! Mas também já falei, escrevi, sobre o que penso do assunto por mais do que uma vez. E houve, claro, quem não gostasse do que leu. Mas quem sou eu? Nem sequer um reles analista político...
Um abraço e um bom ano.
Jorge G.
Guardião
ResponderEliminarPara vencer é preciso acreditar. E é preciso acreditar com força e sentir que há outras sensibilidades que nos reforçam. Acredito, solidarizo-me e luto para que situações de injustiça social sejam erradicadas. E é com essa força que te digo: o Ano de 2008 vai ser melhor e gratificante para ti nas suas compensações. Bom Ano de 2008!..
Vim desejar-te um bom Ano Novo
ResponderEliminarSaúde em quantidade
Alegria para o ano inteiro
Amor de qualidade
E também algum dinheiro
Abraço
*
xi
*
Estimado Amigo Guardião,
ResponderEliminarContra ventos e marés, nós, os "blogueiros" deste espaço universal, cá continuaremos, com nossos projectos e opiniões. Críticas?! Haverá sempre quem as faça, justa ou injustamente...
Neste ano difícil que se encontra já a findar, desejo que fiquem retidos todos os problemas e tristezas que o possam atentar e que, o ano de 2008 constitua o início de uma nova caminhada, repleta de realizações e sucessos, com muita Paz, Saúde, Amor e Alegria.
Tudo de bom para si e para os seus entes queridos.
Um abraço amigo,
Maria Faia