quinta-feira, dezembro 20, 2007

POEMA DE NATAL

Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.

Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me traspassa,
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presepe o nascimento.

Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.

Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.
*
Manuel Maria Barbosa du Bocage


Fotografias do Inverno

Frost by *Manveru

Snowstorm Seventeen by procrastinations


Humor Natalício

Cal Grondahl

Gary Varvel

10 comentários:

  1. Bocage! Grande Bocage!
    Quão semelhante acho o teu Natal ao meu quando os cotejo!
    Valha-nos que os teus versos ainda não sirvam de publicidade ao Continente!
    Eu acho que o Natal do consumismo vai morrer de overdose!
    Viva o Natal frio e sem prendas!

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  2. um momento mais poético.

    Bom Natal.

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  3. Nos tempos que correm... PROZAC! Definitivamente!

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  4. Um intervalo poético, com Bocage a pontuar, sempre nos distrai um pouco da publicidade ao consumo. Será que o Prozac está a fazer efeito?
    Bjos

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  5. Olá amigo linda postagem, com um poema fantástico.
    Deixo-te um grande abraço de carinho e ternura.
    Fernandinha

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  6. BOAS FESTAS. Que nesta data, sintas toda a alegria necessária para ser feliz a cada instante!
    Um abraço

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  7. Adorei os dois ultimos cartoons :-)


    Abraço

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  8. Guardião, como cada vez que vou visitar o ZéPovinho, venho aqui tb (e vice-versa), pus lá no link do Zé o nome de «Zés»...pq o Guardião tb é Zé...serve para os dois ;-)

    Bjs

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  9. Parabéns pelas lindas imagens e belos poemas e palavras.
    Abraço

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  10. Este Pata Negra está a exagerar! Nada de Natal frio e sem prendas. As prendas não têm que ser consumismo. Uns fritos, uma ceia em conjunto, um reavivar de tradições, uma conversa à lareira e uns copos.
    Mas deixa que te diga: o poema do Bocage é demais. e lindas as imagens que o acompanham.
    Bom Natal

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