quarta-feira, março 30, 2016
RESULTADO DOS MURROS NA TOLA
terça-feira, janeiro 12, 2016
QUAL ESQUERDA E QUAL DIREITA?
sábado, julho 07, 2012
A QUEM INTERESSA A CONFUSÃO?
sexta-feira, janeiro 15, 2010
DIZ-ME COM QUEM ANDAS…
Na discussão do Orçamento de Estado para 2010, e com as negociações necessárias devido ao governo minoritário, começo a ficar claro quem é quem, e quais as prioridades de cada partido político.
Numa situação em que o desemprego é um autêntico flagelo, e em que a pobreza aumenta a olhos vistos, o esforço em políticas sociais e de fomento ao emprego é um caminho possível.
Escolher, ou privilegiar o reforço das ajudas sociais é tido como uma política de esquerda, mas escolher como prioridade a redução do défice já neste ano, política já seguida por Sócrates no mandato anterior, é uma política claramente de direita.
As notícias do final desta semana mostram que o PS só encontra apoio para as suas políticas económicas à sua direita, mostrando bem o tipo de propostas colocadas sobre a mesa e em negociação.
terça-feira, novembro 03, 2009
VAMOS ENTÃO AOS CUSTOS…
Nos tempos que correm sou pouco sensível aos protestos dos políticos que se reclamam de esquerda e de direita só porque pertencem a este ou àquele partido político. Olhem que nem sequer estou a ser cínico, apenas me baseio no excesso de subordinação à economia de mercado, com todos os defeitos que tem demonstrado, de quase todos os partidos políticos que têm estado envolvidos no poder em Portugal.
O caso BPN com a sua nacionalização recente e a mais do que provável privatização num futuro próximo vem baralhar mais ainda as possíveis diferenças entre a esquerda e a direita portuguesas.
Para os mais confusos fica a alusão a um dos dogmas mais profundos da direita que diz que as nacionalizações (todas) são uma factura pesada que os contribuintes têm que pagar. Como devem saber, mesmo que falemos só da esquerda mais radical, só ouvimos falar de nacionalizações de empresas estratégicas que apresentam lucros substanciais.
Pois bem meus caros, o PS português decidiu nacionalizar o BPN, e só o banco e não a holding que o detinha, quando a falência parecia inevitável. O dinheiro necessário a atender compromissos entrou em quantidades que em muito ultrapassaram o que foi dito aos portugueses à data da nacionalização, e sempre foi afirmado que os avales à banca e que o dinheiro seria restituído com juros.
Passado cerca de um ano ouvimos falar de privatização, ouvimos afirmações dos responsáveis da CGD que não vai perder nada com a injecção de dinheiro no BPN, e ouvimos também o presidente do BPN afirmar com todas as letras que a privatização do banco está à vista e que a nacionalização do BPN vai ter custos significativos para os contribuintes.
Afinal de contas o custo não é o da nacionalização, mas sim o da privatização, porque o que sempre esteve em causa foi nacionalizar os prejuízos e privatizar os lucros. Agora que o passivo está limpo (3,5 mil milhões de euros depois) privatiza-se depressa sem acautelar o dinheiro dos contribuintes? Esquerda ou direita? Escolham se quiserem, porque para mim ficou claro!
domingo, junho 01, 2008
DESCANSO ATENTO
No PSD registou-se a vitória de Manuela Ferreira Leite, escassa como apesar de tudo poucos esperavam, mas que coloca o partido muito próximo do PS, em política económica e fiscal, como aliás tinha acontecido com Menezes, o que condena o PSD a entender-se com José Sócrates em demasiadas matérias, não dando grande margem de manobra para as próximas legislativas em 2009.
Com o PS e o PSD a pescarem em águas situadas bem à direita do eleitorado deste país, temos Manuel Alegre e quiçá, Mário Soares, a não saberem bem onde encontrar a esquerda com que se identifiquem, com preocupações sociais e avessas ao liberalismo capitalista que assola os partidos que têm partilhado o poder. Ambos lançaram os seus sinais que Sócrates não acolheu como avisos, mas sim como ameaças à sua teimosia.
A União Europeia começa a fixar-se nas assimetrias sociais, na influência dos grandes grupos económicos e nos seus gestores, dando sinais de querer intervir mais no poder económico, havendo até quem defenda já intervenções em sectores estratégicos como os energéticos, o que está já a irritar as grandes petrolíferas, pelo menos, com a Holanda e a Alemanha a liderar.
Os problemas sociais estão a tornar-se prementes, a contestação alastra um pouco por toda a Europa, e os governos começam a questionar-se se conseguem resolver os problemas dentro de portas, ou se terá que haver uma solução conjunta dentro do quadro Europeu. Os problemas requerem solução urgente, e a prova de fogo da União está aqui, e vamos ver quais são as respostas que quer dar, ou pode dar. Portugal, esse vai esperar que alguém dê o primeiro passo, ou que a contestação a isso obrigue.