O que diria Eça do foguetório da sua trasladação para o Panteão Nacional?
Não sei, mas sobre os políticos ele não era meigo e não hesitou em se referir a eles assim:
” O Governo, “o poder executivo, deixou de ser um poder do Estado. É apenas uma necessidade do programa constitucional. Está no cartaz, é necessário que apareça na cena. Não governa, não tem ideias, não tem sistema; nada reforma, nada estabelece; está ali, é o que basta.” Para Eça tudo isto explicaria o desinteresse pela política: “E assim se passa, defronte de um público enojado e indiferente, esta grande farsa que se chama intriga constitucional. Os lustres estão acesos. Mas o espectador, o país nada tem de comum com o que se representa no palco; não se interessa pelos personagens e a todos acha impuros e nulos.”