Agora fala-se muito na crise
demográfica e dos efeitos nefastos que poderá vir a ter na economia nacional,
mas de soluções apresentadas não se vê quase nada.
Vimos de quase uma década de
empobrecimento de quem vive do seu trabalho, ao mesmo tempo que os ricos foram
aumentando a sua riqueza, isto apesar da crise económica que o mundo
atravessou.
Durante este tempo, em Portugal, uma geração com formação superior
e com vontade de vencer na vida, porque não encontrava emprego compatível cá
dentro, resolveu partir pelo mundo procurando realizar-se profissionalmente e
como pessoas.
O desemprego durante a crise
económica cresceu, os salários foram esmagados, o que fez proliferar uma classe
de empregadores que se aproveitaram o mais que puderam, e que agora estão
aflitos para encontrar quem queira trabalhar para eles.
O discurso de se facilitar a
imigração vem precisamente de quem pretende manter a política de baixos
salários, mas a qualidade e o valor acrescentado que um trabalhador satisfeito
é sempre mais compensador a médio ou longo prazo, ainda que as vistas curtas
destes empregadores não o possam descortinar.
A economia nacional beneficia com
as empresas que pagam salários justos, e só assim seremos verdadeiramente
competitivos.
Sem comentários:
Enviar um comentário