quinta-feira, junho 13, 2019

A CRISE DOS BAIXOS SALÁRIOS


Agora fala-se muito na crise demográfica e dos efeitos nefastos que poderá vir a ter na economia nacional, mas de soluções apresentadas não se vê quase nada.

Vimos de quase uma década de empobrecimento de quem vive do seu trabalho, ao mesmo tempo que os ricos foram aumentando a sua riqueza, isto apesar da crise económica que o mundo atravessou. 

Durante este tempo, em Portugal, uma geração com formação superior e com vontade de vencer na vida, porque não encontrava emprego compatível cá dentro, resolveu partir pelo mundo procurando realizar-se profissionalmente e como pessoas.

O desemprego durante a crise económica cresceu, os salários foram esmagados, o que fez proliferar uma classe de empregadores que se aproveitaram o mais que puderam, e que agora estão aflitos para encontrar quem queira trabalhar para eles.

O discurso de se facilitar a imigração vem precisamente de quem pretende manter a política de baixos salários, mas a qualidade e o valor acrescentado que um trabalhador satisfeito é sempre mais compensador a médio ou longo prazo, ainda que as vistas curtas destes empregadores não o possam descortinar.

A economia nacional beneficia com as empresas que pagam salários justos, e só assim seremos verdadeiramente competitivos.


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