quinta-feira, abril 25, 2019

TRABALHAR FESTEJANDO O 25 DE ABRIL


Hoje foram muitos os que festejaram os 45 anos do 25 de Abril das mais diversas maneiras, quer desfilando, quer assistindo a diversas cerimónias em vários locais, ou pura e simplesmente gozando o dia da melhor maneira possível.

No meio disto tudo houve quem estivesse apenas a trabalhar, porque há sempre quem esteja a trabalhar, mesmo quando se trata de serviços não essenciais, mas que a isso são forçados pelas regras laborais.

Lembrei-me hoje, por diversas vezes, dum político que acha que os políticos não podem ser tratados pior do que cães, porque há cães que são muito bem tratados, e dum palerma que escreve umas colunas de opinião, que se entretém a malhar nos funcionários públicos, como se fossem eles os culpados pelos males do mundo.

O político teve a frase infeliz ao falar sobre os vencimentos dos políticos e da má opinião que os cidadãos têm deles, numa entrevista ao Público de hoje, e o colunista, que por acaso escreve no mesmo jornal, e hoje dizia que a estátua perfeita ao 25 de Abril devia ter Salgueiro Maia dum lado e um homem com a sua enxada, pois a ambos se deve a liberdade que hoje celebramos.

Milhares de pessoas trabalharam neste dia, muitos com salários muito baixos (entre o SMN e os 1.000 euros na sua maioria), e são constantemente enxovalhados quando lutam por não trabalhar aos domingos, ou serem devidamente recompensados por a isso serem obrigados, senhor Ferro Rodrigues. Além desses factores, outros estavam ao serviço a tomar conta das diabruras dos filhos (e amigos) do colunista, senhor João Miguel Tavares, que por estar de visita a um palácio, “os deixou à solta”, como se estivessem num qualquer parque infantil onde se corre e mexe à vontade em tudo o que nos rodeia.

Cada um festeja como pode, pois o sol quando nasce é para todos, não é?



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