Hoje foram muitos os que
festejaram os 45 anos do 25 de Abril das mais diversas maneiras, quer
desfilando, quer assistindo a diversas cerimónias em vários locais, ou pura e
simplesmente gozando o dia da melhor maneira possível.
No meio disto tudo houve quem
estivesse apenas a trabalhar, porque há sempre quem esteja a trabalhar, mesmo
quando se trata de serviços não essenciais, mas que a isso são forçados pelas
regras laborais.
Lembrei-me hoje, por diversas
vezes, dum político que acha que os políticos não podem ser tratados pior do que cães, porque há cães que são muito bem tratados, e dum palerma que escreve
umas colunas de opinião, que se entretém a malhar nos funcionários públicos,
como se fossem eles os culpados pelos males do mundo.
O político teve a frase infeliz
ao falar sobre os vencimentos dos políticos e da má opinião que os cidadãos têm
deles, numa entrevista ao Público de hoje, e o colunista, que por acaso escreve
no mesmo jornal, e hoje dizia que a estátua perfeita ao 25 de Abril devia ter Salgueiro Maia dum lado e um homem com a sua enxada, pois a ambos se deve a
liberdade que hoje celebramos.
Milhares de pessoas trabalharam
neste dia, muitos com salários muito baixos (entre o SMN e os 1.000 euros na
sua maioria), e são constantemente enxovalhados quando lutam por não trabalhar
aos domingos, ou serem devidamente recompensados por a isso serem obrigados,
senhor Ferro Rodrigues. Além desses factores, outros estavam ao serviço a tomar
conta das diabruras dos filhos (e amigos) do colunista, senhor João Miguel
Tavares, que por estar de visita a um palácio, “os deixou à solta”, como se
estivessem num qualquer parque infantil onde se corre e mexe à vontade em tudo
o que nos rodeia.
Cada um festeja como pode, pois o sol quando nasce é para todos, não é?
Sem comentários:
Enviar um comentário