quarta-feira, abril 04, 2018

O MINISTRO DAS FINANÇAS CONFIA NOS COLEGAS?


Quem lê jornais ou ouve as notícias já percebeu que em muitos serviços públicos existe uma notória falta de pessoal, e que existem muitas dificuldades burocráticas para ultrapassar de modo a ser conseguida a autorização para a abertura dum concurso, e geralmente sempre com um número de vagas abaixo das necessidades reais.


É normal que os cidadãos pensem que os responsáveis pelos serviços é que falham, e que os ministros das diferentes pastas andam distraídos, mas as coisas não são rigorosamente assim.


As normas rigorosas para a abertura de concursos têm variado nos diversos governos, chegando mesmo a estar congeladas, mas mesmo quando não estão, existem muitas exigências para o pedido ser aceite pelo Ministério das Finanças.


Em última instância tudo depende do senhor ministro das Finanças, pois sem a sua autorização nada se consegue. No meio de tantas pastas ministeriais, da complexidade que têm, e atendendo ao impacto que cada ministério tem na vida diária e nas necessidades imediatas dos cidadãos, a Cultura tem sido sempre a mais sacrificada, mesmo valendo apenas, 0,2% do PIB, muito distantes dos 1% que os partidos PS, PCP, BE e PEV, apontavam como um valor aceitável.


Será que Mário Centeno não confia nos colegas em geral, e no ministro da Cultura em particular? Quem se interessa pela Cultura gostava de saber, porque a situação está a tornar-se insustentável. À falta de pessoal, na Cultura, junta-se a falta de dinheiro para o funcionamento em condições satisfatórias para os públicos que têm direito a usufruir desse bem, e quem lá trabalha está farto de ver os seus esforços completamente frustrados.

Será mesmo que o ministro Castro Mendes bate o pé por um orçamento condigno?



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