O caso do recebimento do reembolso
de viagens por parte de alguns deputados das regiões autónomas, que está a
indignar a opinião pública, e já teve desenvolvimentos desde que a notícia foi
conhecida, no sábado passado.
O deputado do BE, Paulino
Ascenção, renunciou ao mandato, reconhecendo que “esta foi uma prática
incorrecta”, pedindo desculpas e decidindo devolver a totalidade do valor do
subsídio de mobilidade, atitude que merece, apesar de tudo, o meu respeito.
Foram conhecidas outras declarações
sobre este caso, que naturalmente envolve mais deputados, e talvez seja de
salientar duas, as de Fernando Negrão (líder parlamentar do PSD), e a
declaração escrita de Carlos César (líder parlamentar do PS).
Segundo Fernando Negrão, “ a
confirmar-se o caso, é suficientemente grave para justificar uma análise rápida
no sentido de terminar com a duplicação de pagamentos que possa existir”.
Carlos César justificou numa
declaração escrita que pela sua parte cumpre e “sempre” cumprirá “a legislação
e regulamentação em vigor”.
Os senhores deputados podem até
nem estar a ir contra nenhuma lei neste caso, mas será ético da parte de um
qualquer eleito pedir o reembolso de algo que foi pago com o dinheiro dos
eleitores e não do seu próprio bolso?
Sobre a falta de ética na
política, estamos falados!
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