Depois de constar que em França o
Estado está a ponderar cobrar entradas em Igrejas, Sés e Basílicas para ajudar
à sua manutenção, surgiram em Portugal algumas perguntas e muitas opiniões
sobre o tema, que obviamente é controverso.
Numa altura em que o turismo está
em alta, até pode parecer fácil discutir o assunto, mas as opiniões são
diversas e uma decisão seria sempre muito contestável, contudo existem
problemas que exigem uma solução a curto ou médio prazo.
A unanimidade existe quanto aos
horários de culto, em que todos concordam que a entrada deva ser gratuita, mas
depois tudo o resto não é consensual.
O problema coloca-se,
evidentemente, em edifícios classificados onde se pratica o culto, mas a que o
Estado é chamado ao pagamento de obras de conservação ou de restauro, por
incapacidade da Igreja para o fazer.
Em muitos destes locais de culto
realizam-se casamentos, baptizados, e outros serviços religiosos para além do
culto habitual, e as receitas desses serviços são pagas directamente à Igreja,
como se sabe. Noutros locais de culto, situados dentro de monumentos nacionais
(Batalha, Jerónimos, Mafra, etc.) passa-se o mesmo, e fora dos horários
ocupados por essas cerimónias, existe uma enorme pressão por parte dos
visitantes (a maioria estrangeiros) que aproveitam a gratuitidade, como é
óbvio, e ainda obrigam os monumentos a ter pessoal escalado para a sua
vigilância.
A manutenção de edifícios
(monumentais) classificados é muito dispendiosa, e o Estado (todos nós)
necessita de (muito) dinheiro para as conservar, e esse dinheiro só pode vir de
duas proveniências: (mais) impostos e/ou o pagamento das entradas, não há como
escapar a esta inevitabilidade.
"AJUDE NO RESTAURO"
Gosto de visitar igrejas, e não me importo de pagar. Se pago para ver uma exposição num museu, porque não pagar na igreja?
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo