Através do Expresso fiquei a
saber que o ministro Santos Silva eliminou um teste de cultura geral, para a
admissão na carreira diplomática, porque 94% das mulheres chumbaram no dito
teste no último processo de admissão.
Consta que o referido teste era
composto de 90 perguntas, e que era necessário acertar pelo menos 63 para
ultrapassar o mínimo exigido para passar o teste. Desconheço qual o teor das
perguntas, porque apenas algumas foram referidas no texto do semanário Expresso,
mas calculo que não foram exclusivamente viradas para o futebol ou para os
desportos motorizados, o que eventualmente poderia dar alguma vantagem para os
concorrentes do sexo masculino.
Não havendo evidências do
favorecimento dos candidatos do sexo masculino, e considerando que até existem
mais licenciados do sexo feminino, não consigo compreender a razão de ter sido
eliminado o teste de cultura geral, centrando-se agora a selecção nos testes de
português, inglês e francês, sendo que este último nem tem carácter
eliminatório.
Os candidatos, e falo de ambos os
sexos, apresentam os seus currículos académicos, onde constam as suas
habilitações nas referidas línguas, comprovadas por estabelecimentos de ensino
credenciados para o efeito, pelo que estas provas são redundantes, já a cultura
geral, que é um requisito essencial para a carreira diplomática, não é atestado
por nenhuma faculdade, podendo apenas ser aferido por testes como o que foi
abolido.
Depois das quotas, que já existem
em muitos sectores, será que é necessário dar mais alguma vantagem às
candidatas para o ingresso nesta carreira? Isto não é mais discriminatório do
que a prova?
Nota: Não quero de modo nenhum desvalorizar os conhecimentos das mulheres, mas também não entendo que elas se conformem com o facto deste ministro as achar menos capazes do que os homens para resolver um qualquer teste de cultura geral.
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