É bem conhecida a possibilidade
de com dados estatísticos absolutamente correctos, se chegar a conclusões
completamente erradas, bastando para tanto atribuir a razão de certos números a
factores errados.
Portugal terá tido em 2013 um recuo
do Produto Interno Bruto da ordem de 1,4%, segundo o INE, e só não se registou
um número ainda pior devido ao aumento do consumo interno (conclusão da mesma
instituição).
As conclusões são muito
discutíveis e parecem ignorar a realidade de outros números do próprio INE.
Sabe-se que para o governo e para os seus comentadores de serviço é útil esta
conclusão, pois assim conseguem explicar o aumento da despesa do Estado,
argumentando com o chumbo do Tribunal Constitucional do corte dos subsídios dos
funcionários públicos, mas será que é uma explicação suficiente para o dito
crescimento do consumo interno?
É óbvio que não porque o
crescimento do consumo dentro de fronteiras foi muito superior ao que podia
resultar do tal chumbo, conjugado com outros factores como o aumento das
contribuições fiscais, e com a diminuição de postos de trabalho.
Existe uma explicação mais do que
evidente, e que consta em números do INE que o governo até tem esgrimido com
frequência, que é o aumento registado da actividade turística em 2013. Creio
que o INE e o governo não têm entrado com esta variável para chegar às suas
conclusões (erradas), por conveniência ou talvez por cegueira, querendo ver
resultados que só existem nas suas mentes.
Falar em sinais inequívocos baseados em conclusões
precipitadas e erradas, não é útil ao país nem convence os que cada vez mais
estão desiludidos com os sucessivos governos deste pobre país.
Como é que eles pensam que o pessoal completamente teso como está, pode aumentar o consumo? Estarão todos bêbados ou são aldrabões por natureza?...
ResponderEliminarLol
AnarKa
O único consumo que de facto aumentou foi raiva do povo com relação a insatisfação de ter esses desgovernantes.
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