Já vai sendo um hábito saber-se
de decisões deste governo tomadas sem a auscultação dos trabalhadores, das suas
organizações, do patronato e das suas organizações. Claro que tudo isto
acontece na maior normalidade democrática, como diria Cavaco Silva.
O aumento para as 40 horas
semanais, com todos os erros na elaboração da lei, que mesmo dizendo uma coisa,
foi aprovada pelo Tribunal Constitucional na presunção de que a intenção não
era a expressa pela sua real formulação, também não mereceu qualquer discussão
real, pois era uma questão fechada à partida.
Agora temos o aumento da idade da
reforma para os 66 anos, que foi levada à discussão na Concertação Social,
mesmo sabendo-se que o governo tem o modelo fechado e sem margem para mudanças.
Este tipo de democracia (com
letra muito pequena), onde se discutem coisas havendo já uma decisão tomada,
não será muito curial num país que se diz democrático, e nesta questão nem se
pode dizer que houve uma imposição da troika, pois na Europa somos dos que se
aposentam com mais idade, como dizem todas as estatísticas.
Quando eu era criança havia na Seca um casal em que a mulher era tão teimosa, que quando dizia uma coisa não mudava nem que a Seca inteira lhe fizesse ver por A+B que estava errada. Então o marido costumava dizer que se ele tivesse uma pedra na mão e ela dissesse que era um pau, não mudava de ideia nem que ele lhe abrisse a cabeça com a dita cuja.
ResponderEliminarEste governo é assim. Pergunto-me se algum dia o povo vai perder a paciência...
Um abraço
ResponderEliminarDemocraticamente, estamos todos desconcertados!