Há em Portugal uma quantidade
apreciável de gente que odeia os funcionários públicos e que gostaria de
desmantelar todos os serviços públicos. Com frequência gritam aos 4 ventos que
o Estado é perdulário e demasiado gastador.
Podia chamar à colação diversos
nomes mas fico-me por dois dos mais conhecidos, por terem tribuna na
comunicação social, e que são Miguel Sousa Tavares e João César das Neves. É
óbvio que desconheço as suas motivações, mas custa-me ouvir tantas acusações
infundadas e tanta generalização.
Para que se percebam bem as
minhas críticas começo por fazer notar que ambos confundem o governo com o
Estado, quando falam de esbanjamento de verbas e nomeações por mera confiança
política, que enxameiam infelizmente os quadros superiores de diversos
ministérios.
Outro equívoco decorre de
afirmações do tipo de “em democracia Portugal nunca conseguirá controlar a
despesa”, como se a democracia fosse inimiga do crescimento e da boa
governação. Também é lamentável ouvir da boca de um professor universitário que
“foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país”, mas isto diz muito sobre
a sua maneira de pensar o país.
Para que se veja bem que quando
estes senhores falam da enorme dívida pública, que vai nos 117% apesar de toda
a incompetência dos governos que temos tido, se esquecem muito convenientemente
de dizer que a dívida total de Portugal é de mais de 432% do PIB, dos quais
101% são dívidas de empresas privadas. Também temos as dívidas das empresas
públicas, mas estas tem gestão privada e não dão emprego a funcionários
públicos.
Os erros dos governantes e dos
patrões e gestores não são da responsabilidade dos seus assalariados, sejam
eles do sector público ou do sector privado, e se existem culpados há que bater
à porta dos altos responsáveis e não dos que apenas cumprem as tarefas para que
foram contratados obedecendo a ordens superiores. Quando não há coragem para ir
até lá acima e se distribuem culpas para cima de quem não tem o poder decisor,
comete-se um acto de cobardia e uma enorme injustiça.
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Humor - A Máscara
Ouvi há pouco no prorgrama de Nedina Carreira, um nome agora muito enm voga, Cantiga Esteves, bramar contra quem os políticos que deram origem ao Estado social e à universalidade em Saúde e Educação.
ResponderEliminarNão é só Borges que não respeita nada, ele é só pior porque está ao serviço de interesses estrangeiros e a vender o país a retalho.
Há por aí muita gente que odeia tudo quanto é público e, aliás, foi a múmia escavada actualemnet em Belém que iniciou o ataque aos funcionários públicos.
Dessa criatura odiosa chamada Nevs , ligado como está à Universidade Católica, outra atitude não seria de esperar.
Com pedido de desculpa pelo comprimento do comentário, desejp bpa noite
Dividir para reinar, sempre foi o lema dos fracos e se á coisas más na função publica a culpa é unicamente dos governantes e directores gerais
ResponderEliminarSaudações amigas
Somente espero que em Portugal não existam tantos funcionários públicos fantasmas, pois estes de facto somem com o dinheiro e não retribuem o povo em nada. Por cá temos muitos "laranjas" e "marajás" que deviam "cachoeiras" de dinheiro. E tudo termina em pizza regrada a um bom vinho, só não posso informar se o vinho é Português. Mas a pizza é Italiana ou pleo menos a moda...
ResponderEliminarA culpa é de funcionários públicos, mas só de alguns, precisamente aqueles que o povo elegeu...
ResponderEliminarLol
AnarKa
A culpa é dos funcionários públicos? Decerto não será dos que recebem ordenados que não chegam aos mil euros, mas àqueles que são eleitos para desgovernar o país.
ResponderEliminarUm abraço
É pena não haver um tribunal só para julgar os maus gestores dos bens públicos...
ResponderEliminarcumpts
Sem função pública
ResponderEliminarnão há Estado democrático