Entre as meigas ovelhas pobrezinhas
Que eu guardo pelos montes, uma existe
Que anda longe, balindo, sempre triste
E vive só das ervas mais sequinhas.
Que pressentes na alma? Que adivinhas?
Etérea voz de dor acaso ouviste?
Que foi que tu nas nuvens descobriste?
Não és irmã das outras ovelhinhas!
Sobes às altas fragas inclinadas,
E comtemplas o sol que desfalece
E as primeiras estrelas acordadas…
E assim ficas a olhar o céu profundo;
Faminta de relva que enverdece
Os outeiros e os vales do Outro Mundo.
Teixeira de Pascoais
Um post muito campestre...
ResponderEliminarBjos da Sílvia
Lindo poema! Embora a ovelha se mire em pastos nada terrenos. O outro mundo parece muito atraente mas também muito desconhecido. Enquanto isto vamos ficando por aqui a ver navios, submarinos, túneis, aumento das taxas e a roubalheira dos políticos.
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