É já de uso comum dizer-se que
vivemos num país de merceeiros atendendo ao facto de que algumas das maiores
fortunas nacionais serem precisamente de donos de cadeias de hipermercados.
Não é por acaso que nestas
empresas existem grandes percentagens de contratados a prazo, nem é por acaso
que os hipermercados estão apoiados por grandes cadeias de distribuição que
influenciam os preços desde a produção.
Um dos sinais evidentes do poder
dos detentores deste tipo de negócio, foi a tal campanha de desconto de 50% em
todas as compras no feriado do 1º de Maio, sem qualquer respeito pela lei,
aproveitando-se de uma Justiça lenta e ineficaz e de um governo condescendente
perante abusos de empresas dominantes.
A nova ofensiva do grande merceeiro
é agora a da restrição do uso de cartões de crédito e débito em transações de
valor abaixo dos 20 euros. Pode parecer um mal menor mas esta pressão sobre os
bancos e sobre as comissões cobradas nestas operações, poderá vir a
transferir-se para os consumidores.
Se a banca e a SIBS cederem
perante os grandes do retalho, ninguém duvide que o alívio das taxas será
compensado por encargos imputados aos portadores dos cartões. Não sejamos
ingénuos porque as entidades financeiras não estarão dispostas a renunciar às
receitas que resultam do uso dos cartões.
Pois, como sempre...nós é que ficamos prejudicados!!
ResponderEliminarFatal como o destino...
Tenha bom dia.
São cartões que se não quitados em dia, acabam por endividar ainda mais o trabalhador. Por cá os juros já chegaram a 13% ao mês...
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