A mim sempre me ensinaram que a maior riqueza dum país eram os seus cidadãos, mas isso foi num tempo em que as pessoas eram consideradas como seres humanos e não meros números que adornam as estatísticas.
Dizem por aí que o país evoluiu e que temos que nos adaptar ao progresso e que as estatísticas ajudam os governos nas suas decisões, que também estão sujeitas às regras da economia do mundo globalizado onde nos movimentamos.
Talvez seja eu que esteja desactualizado e que não creia que se possa governar ligando apenas a números, que me parecem demasiado abstractos quando desligados da realidade. A situação que vivemos é o exemplo perfeito do desajuste entre a realidade vivida e a realidade dos números esgrimidos pelo governo.
Conforme disse o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza na Europa, com “umas contas um bocadinho diferentes, poderíamos verificar que uma parte substancial da população portuguesa, mais de 50% provavelmente, está em risco de pobreza devido ao impacto da crise a partir de 2009”.
Passos Coelho bem pode gritar que não está a exigir demais aos portugueses, porque a realidade desmente-o, e infelizmente já há fome em Portugal, e muita gente que já não consegue aceder aos cuidados de saúde, à educação e até a uma vida digna por ter rendimentos demasiado baixos ou não ter mesmo quaisquer rendimentos.
As pessoas não são números, e por mais dados económicos favoráveis que o governo possa apresentar, o que conta é a realidade que todos podemos ver ao nosso redor, às portas dos centros de emprego e junto às entidades que fornecem ajuda social a cada vez mais portugueses, que vão subsistindo com a ajuda da solidariedade dos que ainda podem contribuir apesar das dificuldades.
Humor e Pobreza
Como eu costumo dizer, a ideia destes tipo é: quanto pior viverem as pessoas, melhor vai o país.
ResponderEliminarUm abraço rico
Por haver solidariedade é que ainda não perdi por completo as esperanças no futuro dos homens...
ResponderEliminarSaudações amigas e bom fim de semana
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