Perdi-me d'amor!
É uma pomba muito azul -
Um azul cor de céu quando há sol;
E hei-de fugir com ela
Por causa dum rouxinol ciumento
Que me apoquenta
Dizendo
Melodias de ironia penetrante.
Iremos
A esse país nevoento,
Lendário, belo, distante,
Lá onde a Lua se esconde
Em névoas que eternamente lá pairam...
Ó névoa, porque envolveis
O país de Lord Byron?
Às vezes
Penso num pajem que me teve
E num rei que me beijava
Quando a Rainha dormia...
Mas quando lho disseram
Bateu-me tanto
Que eu em longos ais morria...
Não ouvem?...
Lá continua
De novo
O rouxinol a dizer...
Ai, mas, se houver
Uma pequena verdade
No que ele insinua
-
É lume caindo numa ferida -
Jamais aqui voltarei.
Num lago da velha Escócia
Darei fim à minha vida.
António Botto
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Foto - Papoilas
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Humor e Critérios
Austeridade à la carte
Porque é o amor sem+pre assim tão duro?
ResponderEliminarRoubei-lhe a papoila, rrss
Um bom dia de Santo António, com saborosa sardinha
Um amor muito forte pode ter fins não muito romântico. Me remeteu ao "Romeu e a Julieta" Este faisão é muito escocês também...
ResponderEliminarEsse Boto morreu como?!
ResponderEliminarUm abraço do hospício