Com a Fortuna não Perde o Ser de Besta
Na carreira veloz, a deusa cega
Lança às vezes a mão a um feio mono
E o sobe, num instante, a um coche, a um trono,
Onde a Virtude com trabalho chega.
Porém se, louca, num jumento pega,
Por mais que o erga não lhe dá abono:
Bem se vê que foi sonho de seu sono,
Quando a vara ou bastão ela lhe entrega.
Pouco importa adornar asno casmurro
Com jaezes reais, mantas de festa,
Se a conhecer se dá no rouco zurro.
Quem, no berço, por vil se manifesta,
Quem nele baixo foi, quem nace burro,
Co'a Fortuna não perde o ser de besta.
Francisco Joaquim Bingre, in 'Sonetos'
««« - »»»
Foto - Flores
By Palaciano
««« - »»»
Humor e Banqueiros
Flores maravilhosas! Poema da hora!!! Mas o que eu quero hoje é uma esmola para São José! E não venha me falar em crise, porque no dicionário de santo não existe essa palavra.
ResponderEliminarhttp://anabelanacasadavovo.blogspot.com/
Uma escolha sempre acertada, amigo. Pois é, um braçado de livros não faz de quem o transporta um doutor. Há tanto asno por aí! Mantenho o maior respeito pelos verdadeiros.
ResponderEliminarAbraço fraterno
Bem-hajas!
muito bem.
ResponderEliminar