O que aconteceu com um campo de milho transgénico em Silves, fez-me recordar outros excesso a que assisti num passado remoto, também praticados por jovens que não mediram bem o alcance dos seus protestos, ainda que a razão lhes pudesse assistir.
Neste caso recente, percebe-se que há ainda muitas incógnitas e muitas incertezas, sobre a possibilidade de haverem efeitos nocivos a longo prazo para o homem e para as espécies. Ninguém pode assegurar que no futuro não possamos vir a sofrer efeitos negativos com estas manipulações. Os protestos podiam ser orientados doutra forma, sobretudo sem atingir os bens de quem vive do seu trabalho, e nem sequer tem grandes responsabilidades e conhecimentos sobre o assunto.
Há muito tempo atrás, noutros ares, com motivações de índole política e não ambiental, assisti também a jovens universitários portugueses que incitaram trabalhadores agrícolas moçambicanos a não cortarem a cana-de-açúcar junto ao pé, pois isso significaria dobrarem-se às ordens dos “portugueses colonialistas”. Também entendo que o fervor daqueles jovens possa ter sido genuíno, mas os resultados foram a paralisação da fábrica que só laborou 1/5 da produção dos campos, já que o restante ficou por colher. Logo a seguir veio o abandono da produção e o desemprego.
Lutar por ideais é legítimo, é uma forma de participação cívica, mas os riscos devem ser medidos de modo a não se perder a razão por acabar por atingir apenas quem não tem culpa nenhuma.
Os excessos acabam sempre por se virar contra quem age impensadamente, ainda que com razão, e não atinge os alvos ou os responsáveis pelas situações contra as quais se protesta. De certo modo foi isto que agora aconteceu.
Neste caso recente, percebe-se que há ainda muitas incógnitas e muitas incertezas, sobre a possibilidade de haverem efeitos nocivos a longo prazo para o homem e para as espécies. Ninguém pode assegurar que no futuro não possamos vir a sofrer efeitos negativos com estas manipulações. Os protestos podiam ser orientados doutra forma, sobretudo sem atingir os bens de quem vive do seu trabalho, e nem sequer tem grandes responsabilidades e conhecimentos sobre o assunto.
Há muito tempo atrás, noutros ares, com motivações de índole política e não ambiental, assisti também a jovens universitários portugueses que incitaram trabalhadores agrícolas moçambicanos a não cortarem a cana-de-açúcar junto ao pé, pois isso significaria dobrarem-se às ordens dos “portugueses colonialistas”. Também entendo que o fervor daqueles jovens possa ter sido genuíno, mas os resultados foram a paralisação da fábrica que só laborou 1/5 da produção dos campos, já que o restante ficou por colher. Logo a seguir veio o abandono da produção e o desemprego.
Lutar por ideais é legítimo, é uma forma de participação cívica, mas os riscos devem ser medidos de modo a não se perder a razão por acabar por atingir apenas quem não tem culpa nenhuma.
Os excessos acabam sempre por se virar contra quem age impensadamente, ainda que com razão, e não atinge os alvos ou os responsáveis pelas situações contra as quais se protesta. De certo modo foi isto que agora aconteceu.
»»» - «««
Alexandre O’Neill
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teima em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
Alexandre O’Neill
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teima em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
««« - »»»
The story of a sorry Ferrari…
August 17th, 2007, filed by Robert Basler
Hey, Blog Guy - I know you’ve managed to come up with some incredible video for others, so it’s my turn. I’d love to see a bunch of REALLY expensive cars smashed to smithereens. I’m talking Porsches, Lamborghinis, stuff like that. Make my fantasy come true!
That’s a pretty tall order - I don’t have an unlimited budget, you know. Still, I managed to come up with footage of $700,000 worth of fabulous cars being reduced to scrap iron. There was supposed to be a Bentley in the collection, too, but I “borrowed” it. Don’t tell the IRS. Here’s the video:
In Reuters
»»» - «««
Em destaque
Amigo Guardião , de facto por muita razão que pudessem ter, nos seus ideais, os jovens que atacaram a a produção particular de milho manipulado geneticamente, perderam-na ao atacarem uma propriedade privada e como bem diz, o trabalho de alguém que vive dele.Em Portugal e passados 33 anos do 25 de abril, nota-se como há um grande deficit de cultura interventiva. Esta ainda não se emancipou e a meu ver do vandalismo.
ResponderEliminarComo sempre as imagens são muito pedagogicas além de muito estéticas...um abraço
Antonio
Caro Guardião
ResponderEliminarEu sou mais a favor do preventivo do que do curativo ou do irremediavelmente perdido.
Também a ministra da saúde Maria dos Prazeres Beleza,porque não soube acautelar,contaminou e matou gente que só queria cuidados de saúde.
Quando existem dúvidas,no que respeita à saúde e integridade física do ser vivo e particularmente ao homem,não se deve experimentar,para isso existem cobaios nos laboratórios científicos.
Contudo não concordo de todo com o que e como foi feito.
Saudações
Foi algo que me lembrou os tempos das ocupações selvagens e da selvajaria sem controlo! Não gosto, não me revejo neste tipo de atitudes, ainda que não não questione as razões.
ResponderEliminarUm abraço infernal!
Parece que se tratava de um movimento ecológico, pesquisem e vejam, em vários jornais, o que esses senhores fizeram no acampamento, onde estiveram, muito ecológico.
ResponderEliminarA cultura de cidadania que temos é esta.
ResponderEliminarTriste Nação que no seio não consegue encontra forças para arejar ideias e encontrar formas de dar um novo rumo ao futuro.
E, permita-me, porque é que esses jovens não foram fazer essa arruaça lá para os lados de Albufeira, por exemplo? Ou para um supermercado da Sonae ou da Auchan?
É mais fácil perder a razão com atitudes impensadas, do que afirmá-las. A intervenção cívica tem de ser assim mesmo - cívica!
ResponderEliminarAbraço do Zé
Apercebi-me agora que terá nomeado/indicado o blogue "notassoltasideiastontas" para um award schmooze.
ResponderEliminarApesar de ficar na dúvida se era mesmo para mim ou para o Tiago, venho aqui agradecer-lhe a gentileza.
Solicito-lhe, se não for abuso, que me link.
Não discuto a finalidade, pois não estou bem por dentro dessa matéria, mas questiono e condeno o método.
ResponderEliminarOcupações selvagens não têm a minha simpatia, por princípio.
E se alguma razão porventura assistir aos promotores e participantes, o meio e a forma usados só os prejudicou aos olhares da opinião pública e dos governantes.
Parece coisa de crianças. Mas enfim, não posso comentar o que não conheço com maior profundidade.
um abraço.
Segundo sei, não se tratava própriamente de "um grupo de jovens" assim sem mais nem menos.
ResponderEliminarA Universidade Nova de Lisboa talvez esteja na origem destes incidentes.
Mas as imagens são lamentáveis, como os meios utilizados contra pessoas que apenas ganham o seu pão.
Não gosto de violência, desta também não.
Um abraço
"Lutar por ideais é legítimo, é uma forma de participação cívica, mas os riscos devem ser medidos de modo a não se perder a razão por acabar por atingir apenas quem não tem culpa nenhuma"
ResponderEliminarnem mais!
não há ninguem que puxe de vez aquele autoclismo??
cp's
O acto dos jovens é condenável, o do governo é incompreensível, o do ministro é patético!
ResponderEliminar