Como todos os jovens, também eu preguei as minhas partidas e gozei alguns dos meus professores, quando frequentei o liceu. Os tempos eram outros, a disciplina era mais rígida, mas nós lá encontrávamos algum motivo para lhes dar uma alcunha ou para contar umas piadas sobre os nossos mestres. Isto passava-se tudo naturalmente no recreio e longe dos olhos e dos ouvidos dos próprios.
Passados muitos anos, recordo ainda alguns episódios caricatos, ou até algumas partidas que preguei, ou ajudei a pregar, mas lembro-me também da atitude digna, do profissionalismo e do método que adoptavam muitos deles, para passar os ensinamentos que estavam relacionados com a matéria que leccionavam.
Um episódio de que não me esqueço, aconteceu numa aula de Filosofia do 7º ano, quando um colega de origem chinesa, resolveu interpelar o professor, que já tinha sido padre antes de casar e passar a leccionar.
O mestre tinha acabado de dissertar, a propósito do falecimento do irmão de um dos alunos, sobre o desígnio divino. Afirmou que o seu afogamento e o facto de o irmão se ter salvo quando os dois tinham caído juntos ao mar, devido ao barco se ter voltado quando atravessavam um rio, estava nos planos de Deus e que o jovem não se devia sentir culpado, por ter sido poupado, pois a sua hora ainda não tinha chegado.
A pergunta simples do meu colega foi: se o senhor professor acredita assim tanto no desígnio de Deus, porque é que se esforça tanto em contrariá-lo?
O silêncio pairou na sala, o pobre homem gaguejou, rodou à volta da secretária e por momentos ficou sem palavras, apanhado de surpresa com a questão do aluno.
O tema viria à baila na lição seguinte com as explicações do professor, mas a hesitação daquele momento alimentou as dúvidas que acompanharam alguns de nós daí em diante.
Passados muitos anos, recordo ainda alguns episódios caricatos, ou até algumas partidas que preguei, ou ajudei a pregar, mas lembro-me também da atitude digna, do profissionalismo e do método que adoptavam muitos deles, para passar os ensinamentos que estavam relacionados com a matéria que leccionavam.
Um episódio de que não me esqueço, aconteceu numa aula de Filosofia do 7º ano, quando um colega de origem chinesa, resolveu interpelar o professor, que já tinha sido padre antes de casar e passar a leccionar.
O mestre tinha acabado de dissertar, a propósito do falecimento do irmão de um dos alunos, sobre o desígnio divino. Afirmou que o seu afogamento e o facto de o irmão se ter salvo quando os dois tinham caído juntos ao mar, devido ao barco se ter voltado quando atravessavam um rio, estava nos planos de Deus e que o jovem não se devia sentir culpado, por ter sido poupado, pois a sua hora ainda não tinha chegado.
A pergunta simples do meu colega foi: se o senhor professor acredita assim tanto no desígnio de Deus, porque é que se esforça tanto em contrariá-lo?
O silêncio pairou na sala, o pobre homem gaguejou, rodou à volta da secretária e por momentos ficou sem palavras, apanhado de surpresa com a questão do aluno.
O tema viria à baila na lição seguinte com as explicações do professor, mas a hesitação daquele momento alimentou as dúvidas que acompanharam alguns de nós daí em diante.
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Oportunidade e Humor
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Certificado atribuido pela Maria Faia do Querubim Peregrino a quem agradeço a distinção que eu distribuo também por alguns amigos que, na minha opinião também o merecem:Rei do Leittões
Maria
Com Fixadores
Sulista
Notas Soltas, Ideias Tontas
Por hoje fico por aqui, embora reconheça que posso estar a ser injusto com outros amigos que visito e que me proporcionam agradáveis momentos.
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Fotos de Rosas
Parabéns pelo certificado :)
ResponderEliminarTem graça que o 7ºano foi também para mim, um momento determinante na forma de encarar o Divino. Foi quase aí que todas as interrogações surgiram e as grandes decepções tomaram forma!
ResponderEliminarParabéns por mais este certificado de qualidade, que é totalmente merecido!
Aquele abraço infernal!
Hoje vim cá recolher uma rosa e saber um pouco mais sobre ti.
ResponderEliminarBjos
a sua colega pregou uma rasteira ao docente... ui..
ResponderEliminarda questão vem a razão!
cp's
O uso das faculdades mentais e do intelecto, tal como descreve e bem no seu post, parece-me que anda um pouco arredado dos desígnios da nossa Escola.
ResponderEliminarEu olho para os livros das minhas filhas e fico arrepiado... tudo aquilo soa a tão compacto, tão redutor...
Mas isto devo ser eu que estarei a ficar velho ou tenho uma mente retorcida.
Parabéns pelo prémio e obrigado pela lembrança. Todos os dias esforço-me por merecer o reconhecimento dos amigos que fizeram da visita ao blogue um hábito.
É bem entre ao amigo guardião.
ResponderEliminarDa minha parte muito obrigado por se ter lembrado de mim.
Como era bom o espírito irreverente dos jovens, pelo menos da minha altura de escola, quando ainda não era esmigalhado por playstation's.
Diria mesmo que são dúvidas que nos acompanharão até ao final da nossa existência terrena.
ResponderEliminarSão momentos marcantes da nossa vida, estes do tempo de escola que todos nós, por um motivo ou outro, recordaremos para sempre.
Abraço do Corcunda e parabéns por mais um troféu.
Querido Guardião,
ResponderEliminarAntes de mais muitos parabéns pelo seu prémio.
Depois, muito obrigada por se lembrar da Maria. Não sei se por desígnio divino ou por algo que a razão explica, a verdade é que o Guardião é também pela Maria especialmente premiado com amizade e carinho.
Tantos, mais que eu , mereciam a sua referência, mas eu referenciá-lo-ei, sempre, como um verdadeiro e querido Amigo !
Obrigada e beijinhos da
Maria
Bonito texto , e as flores lindas
ResponderEliminarParabens pelo prémio reconhecido
saudações amigas
Parabéns pelo merecido reconhecimento. Obrigado também pelo que me toca. Quando o tempo, que me escasseia sempre em fins de Agosto, me der tempo dar-lhe-ei a devida atenção de prateleira e estendo-lo-ei aos que se me fizerem na hora. Começam a ser tantos aqueles que nos lembram que começa a ser difícil distibuir tanto bombon!
ResponderEliminarUm abraço