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quinta-feira, julho 18, 2019

RACISMO E HIPOCRISIA


Tornou-se moda acusar tudo e todos de serem racistas, e sempre que se emite uma opinião contrária, as baterias centram-se nessa pessoa como se fosse um alvo a abater ou desacreditar o mais depressa possível.

Falar em integração é perigoso, demonstrar que existem diferenças culturais entre povos causa burburinho, e o pelotão de puristas está sempre desejoso de criticar e humilhar quem não alinhe nas suas ideias.

Será que esta atitude que por vezes atinge a absoluta intolerância é mesmo genuína, ou terá ela mesma um carácter selectivo? Vejamos o que dizem muitos dos discípulos desta cruzada relativamente a quem pretende expulsar os ciganos de Itália, ou a quem até pretende expulsar cidadãos do seu próprio país só porque têm origens diferentes ou não admitem ser humilhadas por um político racista e bronco?

Pois é, perante gente deste calibre, mas que ocupa cargos políticos em países importantes, muitos são os que se calam ou apenas sussurram críticas, e em vez de os condenarem publicamente por racismo, adoçam as críticas e apenas falam de populismo.

Os humanos são todos diferentes, independentemente das suas origens, cor, ou credo, e é a intolerância e a falta de civismo que devemos condenar, seja um cidadão comum ou mesmo um político poderoso.



domingo, fevereiro 10, 2019

AS RASTAS E A APROPRIAÇÃO CULTURAL


Este mundo anda louco de todo, e parece que quanto mais se fala de globalização, de integração e de tolerância, mais “iluminados” aparecem a proferir os tais discursos que alguns chamam de “politicamente correctos”, mas que não passam de perigosos disparates que acicatam mais o racismo e a intolerância.

Por cá tivemos o caso Jamaica que foi explorado como acção racista por parte da polícia, mesmo havendo dúvidas de como teria começado o incidente. A polícia tem actuado com força desproporcionada em muitas ocasiões em que intervém, mas aqui foi tudo atirado para razões de intolerância de raça.

Agora fala-se no caso da ministra da Cultura da Suécia que foi acusada de apropriação cultural por usar rastas. A direita sueca ficou-se pela crítica de que naquele cargo não deveria ter usado rastas, pois representa a Suécia (?). Já um artista negro afirmou que uma mulher branca, principalmente numa posição de poder, “não deve usar um penteado afro-americano”, especialmente quando jovens negros, nos Estados Unidos, continuam a ser expulsos das escolas por usarem rastas.

Para mim as rastas são uma questão de gosto, como as tatuagens e os piercings, e eu estou à vontade, pois não gosto nem duns nem doutros. Se uma ministra deve usar ou não as rastas, creio que não é da conta de ninguém, pois também temos uma ministra da Cultura que usa um penteado desinteressante, e isso não interfere na sua acção política.

O que é mais estranho é o desconhecimento da origem das rastas, que é muito antiga e atravessa vários continentes, não sendo apropriação cultural coisa nenhuma, e esse argumento num mundo globalizado é um perfeito disparate e revela alguma intolerância, o que não devia ser a primeira intenção do tal artista.

Apetece perguntar a quem devia ser permitido, ou interdito, o uso de rastas?  

Leitura recomendada AQUI e AQUI



segunda-feira, setembro 20, 2010

QUEM SE METE COM O PS…

A frase de Jorge Coelho ficou na memória da maioria dos portugueses, e também no anedotário político nacional.

O assunto que vos trago hoje não tem nada a ver com o autor da frase, mas podia aplicar-se com inteira justiça ao boato (pelo menos por enquanto) que corre por aí, segundo o qual Manuel Maria Carrilho irá ser dispensado do cargo de embaixador de Portugal junto da Unesco.

A recente entrevista do antigo ministro da Cultura, ao Expresso, não terá caído muito bem lá para as bandas do Largo do Rato, e se a isso se juntar a recusa em votar num candidato egípcio para director-geral da Unesco, como indicado pelo executivo nacional, temos os ingredientes necessários para que o boato comece a ganhar algum peso.

Não se julgue que estou preocupado com o futuro de Carrilho, ou sequer com o modo como a notícia lhe terá chegado (via Lusa), porque ele tem uma carreira universitária onde tem o lugar garantido. Pena tenho dos que perdem o seu trabalho e poucas ou nenhumas hipóteses têm no mercado de trabalho actual, e esses são muitos.

O que me faz pensar é que se isto é verdade, temos um partido no poder que não convive bem com a crítica, nem sequer quando ela sai do seu próprio seio. Estes tiques de intolerância lembram-me outros tempos, bem negros por sinal.

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Foto - Restauro

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Humor ao Telemóvel