sábado, novembro 11, 2023
quarta-feira, julho 31, 2019
AS LEIS E A SUA INTERPRETAÇÃO
segunda-feira, outubro 26, 2009
POBRE NOBEL
Desde os bancos da escola até aos escolhos da vida, aprendi a analisar as coisas em função da época e das condições em que estas surgiram. Quando o meu interesse pela História se tornou mais evidente e comecei a prestar mais atenção às artes (pintura, escultura, etc.), e aos acontecimentos históricos mais relevantes, comecei a entender que a evolução dos costumes e do pensamento são resultado do que aconteceu e ao mesmo tempo influenciaram tudo o que o homem fez, de bom e de mau.
Recentemente fiquei um pouco espantado com a intenção de alguns sábios que puseram em causa o trabalho do nosso 1º Nobel, Egas Moniz, porque aquilo que parecia à época um avanço real na área da saúde não se veio a confirmar, e a sua prática acabou por revelar-se desastrosa. Lembrei-me da dinamite e calculei logo que a sapiência de gente tão iluminada não se detém perante evidências que só ocorrem a espíritos simples.
Outra admiração, talvez ditada por razões publicitárias, foi a tentativa canhestra de Saramago em interpretar literalmente a Bíblia à luz do pensamento actual, porque isso chamava a atenção do público e da crítica para a sua última obra. Gostava de ouvir o escritor falar da Odisseia e da Ilíada, ou de muitos outros escritos de referência, usando os mesmos critérios literais e interpretativos.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008
MÁS INTERPRETAÇÕES...
Na terça-feira veio afirmar que tinha sido mal interpretado, e que ainda há muito a fazer e muitos problemas a resolver.
No meio disto tudo, para o cidadão normal houve bastante precipitação, e os escoamentos não funcionaram, havendo-se a registar vítimas e elevados estragos materiais.
Porque é que as infra-estruturas não funcionaram bem, isso é o que as autoridades têm de apurar com tempo, porque a reparação dos estragos é prioritária. As responsabilidades são de certeza das autoridades centrais e locais e não dos cidadãos em geral.
O jogo do empurra sempre que há barraca, não é admissível nem pode servir de argumento para fazer recair sobre os lesados a reposição da situação anterior às inundações, a expensas próprias, sem a ajuda de quem devia ter sabido evitar situações deste género, que em alguns casos acontecem ciclicamente.
quinta-feira, dezembro 27, 2007
OUTROS RESULTADOS

O sentido geral do discurso estava dado, seguiram-se os números, encabeçados pelo do crescimento perto dos 2%, o emprego onde afirma ter criado 106 mil novos empregos, em termos líquidos, mais 17% de alunos no ensino superior e 360 mil adultos inscritos nas novas oportunidades.
Apesar de toda a boa vontade que nos caracteriza a todos nesta quadra festiva, dá vontade de dizer que o senhor 1º ministro canta bem, mas não nos alegra.
Talvez por causa dos meus óculos novos, a minha visão mostra-me uma outra realidade, em que o crescimento do meu salário não acompanhou os valores do crescimento da economia nacional e nem sequer a inflação real, pelo que de há sete anos a esta parte estou a perder constantemente poder de compra. Também nos números da criação de emprego, José Sócrates não criou nem um sequer, pelo contrário extinguiu alguns na Função Pública, e o número de 106 mil “empregos líquidos” é uma balela, pois nem com os dados do INE isso confere, porque a taxa de desemprego não baixou dos números que eram conhecidos quando tomou posse, pelo contrário aumentou.
Falar do êxitos na educação também não me convence, porque continuamos a formar jovens para o desemprego por manifesta falta de planeamento, e continuamos a ter um défice enorme nos cursos profissionais que não formam gente em quantidade suficiente, e qualidade refira-se, para as necessidades reais do país.
Falou ainda José Sócrates em “promover políticas sociais” e referiu-se em particular aos idosos, e também aqui eu vejo algo de diferente, pois são inúmeros os idosos que vivem em péssimas condições económicas e não só, e que quando recorrem a lares, particularmente nos grandes centros urbanos, os seus rendimentos não são suficientes para a maioria das mensalidades cobradas.
Não sei se a minha visão decorre da cor das lentes, que garanto não são rosadas, ou se as do senhor 1º ministro são tão optimistas pela simples razão de não saber o que se passa no mundo real que eu frequento.