quarta-feira, julho 31, 2019

AS LEIS E A SUA INTERPRETAÇÃO


As sociedades devem regular-se pelo bom senso e pela justiça, e como há sempre quem não saiba respeitar os outros, promulgam-se leis que obrigam os cidadãos a respeitar alguns desses princípios básicos da vida em sociedade.

Os homens não são perfeitos e as leis também o não são, pelo que se podem mudar procedimentos por força das leis, e também se podem mudar as leis quando elas se tornam obsoletas ou se mostram desadequadas.

O que por estes dias parece estar em causa, e usando as palavras dum ministro, é que há quem recuse que se faça uma “interpretação literal” da lei, a das incompatibilidades que está a causar discussões e suspeitas que incomodam o executivo.

Não posso concordar com o senhor ministro Augusto Santos Silva, pois não vejo como interpretar uma lei dum modo que não seja literal, e além disso todos conhecemos inúmeros casos de leis injustas, que continuam a penalizar os cidadãos, apesar de inúmeras queixas, que só depois de serem pagas as coimas ou outras penas, podem ser contestadas na Justiça, exactamente pela sua “interpretação literal.

Numa Democracia as leis existem para ser cumpridas, podem sempre ser revistas e alteradas usando-se os meios legislativos apropriados, e em princípio qualquer alteração ou nova lei não terá efeitos retroactivos.


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