Segundo Voltaire o rei de Portugal D. João V “quando queria uma festa fazia uma procissão religiosa, quando queria um novo palácio fazia um convento e quando queria uma amante escolhia uma freira”.
Voltaire é em si mesmo contraditório, o que é uma característica do iluminismo. Devido ao meio e ao tempo em que viveu, acreditava que não importava o poder dum monarca, pois antes de castigar um servo, devia respeitar as leis e só então executar as leis. Se um príncipe ou rei simplesmente punisse de acordo com o seu querer, seria apenas mais “um salteador de estrada ao qual se chama de Sua Majestade”.
Advogava algum liberalismo mas era um elitista que acreditava que as pessoas comuns estavam dominadas pelo fanatismo e pela superstição. Apesar de ter estudado com os jesuítas foi um feroz crítico dos mesmos apesar de muitos cientistas do seu tempo serem mesmo jesuítas.
Enfim, não surpreende a sua opinião sobre D. João V, um rei absoluto, rico e caprichoso.
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