quarta-feira, julho 10, 2019

O POLITICAMENTE CORRECTO


A onda do politicamente correcto estende-se a coisas que ninguém imaginaria há meia dúzia de anos, e vai mesmo além do conceito de justiça e do que é racional.

No ensino fala-se em criar cotas para negros e para ciganos, deixando de lado indianos ou chineses, ou mesmo os desfavorecidos independentemente da sua cor ou etnia. Será isso justo, ou sequer racional?

No mundo do trabalho exige-se que os trabalhadores trabalhem até depois dos 66 anos, mas os empregadores acham que alguém com mais de 30 anos já pode ser velho para muitas funções, e dão mesmo preferência a quem ainda não tenha os 30 anos de idade.

Nos serviços públicos não se abrem concursos para subida de categoria, mas há serviços que usam a mobilidade intercategorias, ou simples nomeações em regime de substituição para satisfazer algumas clientelas. O mérito fica de lado e já ouvi argumentos como o da antiguidade, a maternidade, o tempo de serviço, tudo razões para justificar o carácter de actos discricionários.

O politicamente correcto pode satisfazer uns quantos puristas (idealistas), mas cria mais injustiças do que aquelas que pretende resolver.




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