terça-feira, junho 27, 2017

MAIS SOBRE A CULTURA POBRE



Estive a contar os dias dados para o inquérito aos estragos no Convento de Cristo durante o aluguer de espaços para a rodagem de um filme, e parece que o prazo acabou esta 2ª feira, por isso fico, e devem ficar muitos mais, à espera dos resultados que devem ser tornados públicos muito em breve.

Sobre o caso do Mosteiro dos Jerónimos, também relativo a cedências de espaços, e a actividades de empresa privada dentro do próprio monumento, parece que não vamos ter mais notícias, pois o silêncio sobre a notícia do DN foi ensurdecedor.

Vir agora dizer-se que o aluguer de espaços contam pouco (2%), vem dar razão aos que exigem maior selectividade na aceitação dessas actividades, e maior dotação orçamental para o Património, acompanhada de mais responsabilização no cumprimento de objectivos estabelecidos para os responsáveis.

Depois da entrega de monumentos que eram o sustentáculo em receitas próprias do ministério, e refiro-me aos monumentos de Sintra, que como se vê, quando bem geridos são máquinas de fazer dinheiro, restam apenas os Jerónimos e a Torre de Belém, como sustentáculo sólido para gerar receitas próprias superiores aos gastos tidos nesses equipamentos, já que todos os outros são deficitários, uns mais do que outros.

É preciso acabar de vez com a DGPC, um clone do antigo IPPC (que todos apelidaram de monstro), só que com menos percentagem de receitas próprias relativamente aos encargos a suportar.

Já se falhou no eixo Belém/Ajuda, perdendo-se tempo à espera da Câmara de Lisboa, da ATL e da EGEAC, o que só deverá acontecer quando avançarem as obras do Palácio da Ajuda, os Mosteiros de Alcobaça, Batalha e o Convento de Cristo, em conjunto, com as rendas dos espaços cedidos a privados, tinham viabilidade garantida, mas também não há vontade, e o Convento de Mafra, livre dos inquilinos actuais, e com uma unidade hoteleira na actual parte militar, a pagar a sua renda, também teria viabilidade e sustentação para vingar, quem sabe se até com a Tapada às costas.

Não existem falta de ideias, existe é uma vontade de sabotar tudo para se manter este monstro completamente paralisado e ruinoso. Todos conhecem as soluções, que até foram testadas em Sintra, mas a máquina lutará até ao fim para não ter que sair da letargia…

Pobre Cultura!

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2 comentários:

  1. Como dizia minha avó "Atrás de mim virá,, quem bom me fará" Na cultura é assim cada organismo ou entidade que muda, o atual é sempre pior que o anterior.
    Abraço

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  2. O que fazer com toda aquela gente que " mora" nos andares superiores do palácio da Ajuda?
    Joca

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