Foi agora dado a conhecer o maior
estudo realizado até hoje sobre o perfil dos visitantes dos nossos museus
nacionais, e ainda que seja de aplaudir a iniciativa, é sempre possível
questionar certas conclusões a que se chegou.
As questões foram colocadas numa
plataforma informática, era um questionário extenso e nem todas as perguntas
eram claras para todo o tipo de públicos, o que pode eventualmente ter deixado
de parte um público mais idoso, menos habilitado em termos informáticos e a
nível académico.
A conclusão mais questionável é a
de o “público dos museus nacionais ser mais qualificado e mais jovem”, porque é
necessário saber se para chegar a estas conclusões se está a contar com as
escolas em período escolar e de férias dentro do período escolar anual. Claro
que neste caso, não se estão a falsear resultados, mas também não se chegou às
tais conclusões através dos questionários, mas sim das estatísticas de
entradas.
Dentro do público estrangeiro que
nos visita, não é evidente que a maioria se situe dentro da faixa dos 35 aos 44
anos, mas sim numa faixa de idades superior.
Na comunicação social também não
foi dado o devido relevo à opinião muito positiva do modo como são recebidos
nos museus, que também consta do estudo, mesmo sabendo-se da crónica falta de
pessoal para o atendimento e vigilância, nem à critica mais recorrente, que é a
da falta de informação de que padece a maioria dos museus, apesar de não
existir falta de pessoal nas carreiras superiores, com a excepção da conservação
e restauro.
O balanço até é positivo, porque
assim sempre se pode falar um pouco mais sobre museus, sobre o seu público,
mesmo que com diferentes opiniões sobre algumas coisas, o que é muito saudável.
Acabei de ler a notícia no DN e também fiquei admirada com algumas conclusões, especialmente por aquela da idade, que é claramente uma prova da ignorância de quem lá chegou, porque bastava ir aos museus para constatar o erro. Outra coisa que me fez "comichão" foi a intenção de dar mais entradas grátis, que só compreendo para os nacionais, não para turistas, mas parece que o senhor ministro anda a nadar em dinheiro, embora isso não se note na informação, nos meios auxiliares de compreensão das colecções e até na sinalização que é arcaica.
ResponderEliminarBjo da Sílvia
abraço, caro amigo
ResponderEliminarexcelente artigo.