sábado, setembro 14, 2013

O DESCRÉDITO DA POLÍTICA



Numa época de campanha eleitoral, ou à beira dela, somos bombardeados com sondagens para todos os gostos, mas que dizem invariavelmente que os dois maiores partidos nacionais, juntos, alcançam mais de 50% das intenções de voto dos portugueses, mas fica sempre pouco clara a percentagem dos que não acreditam nos candidatos nem nos partidos envolvidos nos actos eleitorais.

Na realidade só 9 em cada 100 eleitores portugueses acreditam nos partidos, seja por terem visto defraudadas as suas esperanças em alguns, seja por não terem ainda podido verificar se as promessas de outros seriam traduzidas em realidades porque nunca atingiram o poder.

A descrença dos eleitores tem razões objectivas e os políticos têm muitas culpas no cartório, culpas que não conseguem admitir. As culpas não são apenas dos políticos mas também dos que neles votam apesar de se sentirem enganados a cada legislatura.
 
O sistema partidário está profundamente doente e há que o repensar, responsabilizando os políticos pelos seus actos, obrigando-os a cumprir os programas com que se apresentam ao eleitorado sob pena de destituição. A responsabilização pelos actos e pela palavra poderia ser um passo em frente na credibilização da política, e um travão para quem transforma a política na arte de enganar os cidadãos, defendendo interesses pessoais ou interesses privados em detrimento dos interesses do país.

Amigos, vou de férias por uns dias, mas prometo passar por aqui quando me fôr possível.

2 comentários:

  1. Se se pudesse responsabilizar os políticos pelo que fizeram, as cadeias estaríam cheias e não existiam candidatos suficientes para ocupar os lugares da Câmara de Lisboa...
    Bjos da Sílvia

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  2. os que insistem em votar nos aldrabões não podem queixar-se.

    cumpts

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