O governo pretende justificar
perante o Tribunal Constitucional os cortes já decididos, fora da concertação
social, para a Função Pública que atingem os funcionários no activo e na
reforma, com a necessidade de cumprir as regras de sustentabilidade orçamental
subjacentes ao Pacto Orçamental, “que está acima da legislação ordinária”.
Começando pela argumentação agora
conhecida, não é possível reconhecer-se que o Pacto de Estabilidade e as suas
regras estejam acima da Constituição Portuguesas, e cabe ao TC fiscalizar que
quaisquer normas que venham a ser decididas pelo governo, estejam em
conformidade com o disposto na Constituição.
Em segundo lugar, e porque convém
desmontar estes truques, a dita “regra de ouro” constante do tal Pacto
Orçamental, que diz que nenhum Estado pode ultrapassar um défice estrutural de
0,5% do PIB ou ter uma dívida pública acima de 60% do PIB, não é alcançável
pela simples implementação das medidas que o governo pretende implementar, que
tal como outras anteriores, da mesma natureza, têm levado a uma queda abrupta
do PIB e um aumento muito significativo da dívida pública.
A justificação é simplesmente
destituída de razoabilidade e não pode colher aceitação perante nenhum tribunal
sério e independente como tem de ser o Tribunal Constitucional.
O "LEO" a acatar o FMI. Acho que as "regras são mesmo de ouro". Mas a do ouro dos tolos.
ResponderEliminar