Este governo tem centrado grande
parte do esforço exigido ao país no ataque aos funcionários públicos, quer
realizando cortes nos subsídios de férias e de Natal, quer aumentando as suas
contribuições, ou diminuindo salários.
Esgotados os cortes, que eram
aliás ilegais como o declarou o Tribunal Constitucional, o governo mostrou a
sua frustração, subindo para outro nível o ataque aos funcionários, refinando o
conceito de mobilidade, passando a apelidá-lo de requalificação.
Com um crescendo de trapalhadas e
de mentiras, vieram anunciar o corte de 30.000 funcionários, dizendo que os
queriam requalificar, começando por os mandar para uma requalificação que não
justificam por necessidades de serviço, mas que significa desde logo uma
diminuição de salário, e que termina da perda de vínculo (dizendo que não é um
despedimento), dando lugar a uma indemnização e ao subsídio de desemprego.
Esta teia de mentiras, que nem
sequer são discretas, tão óbvios e quantificados são os objectivos, não estava
ainda completa, porque no entretanto ainda havia lugar a mais uma tropelia que
raia o ódio, que é o episódio do subsídio de férias que deixa de ser pago em
Junho como está na lei, fazendo-se uma nova para o pagar apenas em Novembro,
sem qualquer razão de peso como já está provado.
Outra coisa que está por provar é
que todo este ataque à Função Pública vá gerar uma diminuição de despesas do
Estado, porque muitas das funções que agora são desempenhadas pelos
funcionários que vão para o desemprego terá de ser entregues a entidades
externa, e isso terá custos, e não sequer um estudo que quantifique estes
custos, para que se possa ter uma base de trabalho para a dita reestruturação
do Estado que Passos Coelho diz pretender fazer.
Por cá as movimentações geram mais esperanças do que a realidade pode oferecer, 0,20 centavos seriam a gota d' água? "Só me resta viver para crer!"
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