Sem surpresa ouvi a ministra da Cultura afirmar que vamos atravessar um período muito difícil, devido aos cortes que o ministério sofreu, e que segundo se sabe vão ser de 20%. A crise toca a todos, e ainda que Gabriela Canavilhas diga que vai atingir sobretudo os artistas independentes, também podia acrescentar que também os funcionários dos museus têm pagamentos atrasados do seu trabalho extraordinário, tal como muitos fornecedores. Ficava-lhe bem não esquecer alguns, mesmo dentro de portas.
Outra notícia interessante surge da afirmação do Nobel da Economia, Joseph Stiglitz, que defendeu que se os bancos não emprestam, os governos deveriam criar os seu próprios bancos. Registe-se que não consta que este senhor seja um colectivista, e que apresenta uma opinião que é oposta à dos “aprendizes de feiticeiro”, apelidados de liberais, que sugerem a privatização de tudo e mais alguma coisa.
Não deve existir nenhuma conexão de antagonismo entre políticos de direita com formação em economia e os laureados com o Prémio Nobel, mas olhem que parece mesmo!
Caro Guardião,
ResponderEliminarO Dr. Fernando Nobre disse que «o país “está na iminência de uma gravíssima crise” e, por isso, precisa de “um plano de emergência”, que passe, desde logo, pelo “encerramento imediato de centenas ou até milhares de institutos e fundações públicos inúteis, salvo para os seus gestores”.»
Das restrições que a ministra quer impor, seria bom que se dissesse quantos assessores tem no ministério, quantos carros e com que idade tem o ministério, quanto gasta com coisas de pouca utilidade e que bem podiam ser dispensadas. Qual a racionalidade da avaliação dos gastos do seu ministério?
Quanto às privatizações é uma forma de satisfazer ambições de amigos e cúmplices e o Estado fica sempre com «golden shares» para lá poder encaixar os boys. Há grande Promiscuidade entre política e empresas.
Um abraço
João
Privatizar só quando os amigos cobiçam a função e lhes é garantida a rendibilidade. Quando não há privados amigos interessados criam-se empresas municipais, institutos públicos, fundações, sociedades anónimas de capitais públicos, etc. Clientelas.
ResponderEliminarLol
AnarKa