Já tenho abordado este tema e tenho tido a preocupação de separar as duas vertentes, que embora sejam complementares e importantes para o desenvolvimento, intelectual e económico, têm abordagens e prioridades diferentes.
A Cultura pode contribuir para o desenvolvimento do Turismo e captar fluxos importantes de pessoas que são atraídas pelos monumentos, pela história e pelos costumes e tradições deste país. Este facto nada tem de pernicioso para nenhum dos sectores, desde que cada um saiba manter a sua independência e defender os seus objectivos essenciais.
Nos últimos tempos, e no consulado de José Sócrates em particular, o Turismo de Portugal tem entrado a toda a força na área dos museus, palácios e monumentos, ora anunciando novos museus ora outras iniciativas que embora ancoradas no Património mais não de meros negócios e nenhuma valorização destes espaços de Cultura.
Há poucos dias saiu na imprensa a notícia do lançamento dos “Roteiros Turísticos do Património Mundial” e curiosamente sobre o evento falaram os responsáveis pelo Turismo de Portugal. É curioso que com este governo o Ministério da Cultura não tenha dinheiro para financiar ou apoiar estas iniciativas, mas que isso seja feito pelo sector do Turismo, e isso não será um simples acaso.
O falhanço de José Sócrates na Cultura tem aspectos que necessitam de muitas explicações, porque o que não se conhece de todo são os projectos para o Património, os modelos de gestão e as fontes de financiamento, e sobre isso o silêncio continua.
Carrinho de compras by Morgan Adams
Arnold by Sebastian Kruger 
Jack N. by Sebastian Kruger 
QUERIDO AMIGO, BELÍSSIMO TEXTO COM VERDADES COMO PUNHOS... DESEJO-TE UMA BOA SEMANA... ABRAÇOS DE CARINHO,
ResponderEliminarFERNANDINHA
Encontrar o meridiano entre os interesses da Cultura e os do Turismo nem sempre é fácil; basta pensar que nem sempre o turista está muito virado para as questões culturais.
ResponderEliminarJá agora, em que supermercado se arranjam carrinhos de compras assim?
As incursões culturais de Sócrates ficam-se pela criação dos Parques de Sintra - Monte da Lua e agora pela frente ribeirnha de Lisboa com museus novos em folha, que longe de serem preocupações culturais significam apenas negócios com intervenção estatal mas gestão privada dos dinheiros públicos...
ResponderEliminarUns contentores pelo meio, uns lugares para uns quantos senhores, fuga às regras da função pública com um "chapéu" de legalidade duvidos por interferir claramente com competências de autarquias e outras entidades públicas.
Bjos da Sílvia