Acho que devo pedir desculpas aos meus leitores pelo último post, que um bocadinho ao arrepio do que é meu costume, pisou o risco que me propus não ultrapassar num espaço desta natureza.
A televisão tem um botão para se desligar, e eu se não estava com disposição para ouvir o entrevistado bem podia ter simplesmente desligado a dita. Isto, porém, não invalida a minha ira relativamente à política, ou aos seus intérpretes que só desacreditam uma nobre actividade.
José Sócrates veio admitir a recessão e as suas nefastas consequências muitos meses depois de tudo isso ser uma evidência. A crise começou a ser evidente em Setembro de 2007, nos EUA, depois em Setembro de
O optimismo do responsável pela Economia em 2008, foi uma verdadeira anedota, o que aliás já vem sendo um hábito neste personagem, o responsável das Finanças também meteu o optimismo no bolso e ainda evita pronunciar-se, não vá alguém repescar o que disse há poucos meses sobre a saúde da nossa economia.
Faltava agora o “muito bem pago”, para não dizer exageradamente remunerado, governador do Banco de Portugal, aquele que estava a Leste das falcatruas dos bancos que devia supervisionar, vir a lume dizer que “a vida vai sorrir aos empregados” este ano e no próximo, devido a factores que ele obviamente não controla. A propósito a vida a ele vai sorrir muito mais do que a mim, e certamente a si que me está ler.
O desemprego vai aumentar, e muito, e isso só é novidade no discurso do governo, porque a oposição em peso já tinha alertado para o problema, responsáveis pela segurança e peritos nessa matéria já o tinham mencionado, as entidades que lidam diariamente com a pobreza que aumenta a olhos vistos também já tinham manifestado os seus receios.
O meu mau humor é devido a tudo isto, e ao facto de não conhecer medidas concretas para enfrentar esta crise, que me deixem alguma esperança quanto ao futuro próximo. Não falo dos bancos, não me importa o novo aeroporto ou o TGV, não me rala o novo Magalhães, eu quero é perceber como é que o Governo pretende enfrentar esta situação, e isso ainda é uma incógnita quase que absoluta.
Estás desculpado, mas que isso não volte a repetir-se!
ResponderEliminarOlha, mas sabes que mais?! Acho que o humor, bom ou mau, deve fazer parte do quotidiano.
Um abraço maligno
Meu caro amigo, não sabe nem vai saber!
ResponderEliminarMas na realidade sabe porque vai ficar sem resposta: - Porque ele (que governam) não fazem a mais pequena ideia de como a ultrapassar!
Eles apenas têm uma certeza, o pais acabará por ser arrastado porque não tem peso para remar ou se segurar.
Não adianta contrariar a lei da gravidade, pois asas não temos e mesmo tendo um ou outro motor, não temos gasolina para os alimentar.
Querido Amigo, não sabes nem vais saber, nem eu, nem ninguém... Porque eles próprios não sabem... E o Povo que se lixe... É o que eles pensam neste momento...
ResponderEliminarUm grande abraço de carinho,
Fernandinha
Desculpas? Eles têm sempre o dito virado para nós, pelo que a imagem é m,uito real. Não vais saber, mas não te rales porque eles também não sabem e isto vai dar uma grande caldeirada.
ResponderEliminarLol
AnarKa
eu não ouvi a entrevista ...
ResponderEliminarsimplesmente não consigo nem ouvir a voz dessa personalidade ...
entendo e subscrevo a tua raiva/revolta ....
beijinhos
nem precisa de pedir desculpa, tem alturas que as coisas devem ser tratadas assim. E muito bem.
ResponderEliminarCaro Guardião,
ResponderEliminarDesabafar também faz bem à alma.
Não vi a entrevista e pelos vistos não perdi nada. Afinal é cada vez mais do mesmo. Que esperavas?
E a campanha eleitoral também já a começar, não é?
Um abraço
O governo quis disfarçar esta recessão até ao limite, para não ter de enfrentar o julgamento popular. Enganou-se, na medida em que o povo já sentia claramente há muito tempo todos os malefícios desta crise.
ResponderEliminarUm abraço
Guardião
ResponderEliminarAmigo, eu estou contigo e por isso nada tenho a desculpar-te. Não vi a entrevista porque ando enjoada/enojada do marketing político do poder. Os factos falam por si e de que maneira o fazem. Os mais de 100 mil empregos perdidos e as dificuldades acrescidas que enfrentam muitas famílias. Tudo isto a par do despudor extremo em que se exibem fortunas vindas do nada que crescem e se multiplicam através da corrupção e do tráfico de influências.
Não, Guardião, não peças desculpa. Eles é que passaram há muito dos limites.
Abraço
Um homem não é de ferro, né? Este humilde cata-vento não vê televisão mas ouve e segundo o vento lhe contou nada de novo se ficou a saber.
ResponderEliminarO que está para vir não é bom, já disso tínhamos conhecimento, mas que medidas estão a ser tomadas para combater o inimigo é que, por enquanto, são desconhecidas. Medidas concretas precisam-se!
Um abraço, uma espécie de pazada, que é só o que um cata-vento pode oferecer.