quinta-feira, janeiro 15, 2009

CUIDADOS NA ANÁLISE

Quando uma lei causa polémica e suscita uma grande discussão pública, surge sempre alguém que defenda posições extremas, a favor e contra, muitas vezes expressas com muita convicção mas com pouca sustentabilidade científica e ainda menos razoabilidade.

A Lei do Tabaco, aquela que proíbe que se fume em muitos espaços, foi uma das leis que foi mais discutida, e que apesar da diversidade de pontos de vista, conseguiu ser aplicada sem grandes dificuldades e sem problemas de maior. Será que as pessoas acabaram por concordar com os argumentos a favor da proibição, ou apenas imperou o civismo?

Eu creio que o civismo, neste caso particular, foi a razão do sucesso, porque mesmo os mais inveterados fumadores reconhecem que fumar é prejudicial à saúde e que não é justo impor o fumo aos outros que os rodeiam. Ficam outras questões menos consensuais, como alguns excessos punitivos e pouco didácticos, praticados por autoridades que se diziam zelosas, ou ainda o foco exagerado no fumo do tabaco, e a despreocupação intencional com que se encaram outras formas de poluição semelhantes e até em escala e perigosidade muito superior.

Li ontem com alguma surpresa, porque o assunto tem sido “abafado” desde que se começou a falar e a discutir a Lei do Tabaco, que o “fumo do trânsito tem malefícios semelhantes ao do tabaco”. Não estamos a falar de palpites ou de qualquer defesa do tabagismo, trata-se de factos cientificamente provados, só que estes não “mexem” com a vida de alguns, mas com todos, logo é uma verdade inconveniente.

Agarrando nesta (nova?) polémica, e com os fundamentalistas que inevitavelmente surgirão, contra e a favor, não sei onde encontrarei alguns dos meus amigos que agora defenderam posições extremadas e claramente proibitivas, no caso do tabaco. De que lado da “barricada” se irão acantonar?

Nota: Para que conste, vou no 38º dia sem fumar, aproveitando uma gripe que me terá ajudado (muito) neste caminho.



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Engraçadinhos!...

11 comentários:

  1. OLÁ QUERIDO AMIGO, GOSTEI DO TEXTO E CONCORDO COM ELE... QUANTO AO FUMAR OU NÃO, É UM FACTO COMPROVADO QUE ELE FAZ MAL A SAUDE... PENSO QUE NESTE MOMENTO ELE FAZ MAIS MAL Á CARTEIRA DO QUE HÁ SAÚDE... PARA QUEM COMO EU QUE PASSO ENTRE 12 A 14 HORAS, AGARRADA A UM COMPUTADOR E A ÚNICA DISTRAÇÃO É O CIGARRO E O CAFÉ... PARA REAGIR AOS MOMENTOS DE CANSAÇO... UM GRABDE ABRAÇO ,FERNANDINHA

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  2. Como fumador concordo com as tuas observações. No tempo da discussão, ainda sem estudo citado, aprensentei muitas vezes esse argumento. Era poderoso demais para merecer respostas inteligentes.
    Um abraço em passeio automóvel

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  3. Guardião
    Fui uma grande fumadora que deixou de fumar há cerca de 3 anos. Decidi e não foi fácil. Já várias vezes tinha tentado e sempre recaía. Essencialmente porque no meu local de trabalho privava com fumadores.A páginas tantas ia perdir-lhes um cigarro e logo a seguir comprava um maço.
    O tabaco prejudica quem fuma e é responsável por fumar e quem é "obrigado" a engolir o fumo mesmo sem querer: crianças, idosos, asmáticos e outros com problemas respiratórios, cancerosos, etc.
    Quando por nós próprios não somos capazes de nos disciplinar as punições justificam-se. O facto de haver "outros males" maiores não legitima este mal.
    Contra mim falo. Querido amigo não recaias na tentação.
    Abraço

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  4. Amigos
    Não pretendo de modo nenhum defender o tabagismo, o que pretendi com o texto foi chamar a atenção para o fundamentalismo de alguns, que transformaram os fumadores em (quase) criminosos, mas que perante a evidência dos efeitos dos gases dos automóveis, aliás em quantidades muito maiores, assobiam para o lado e classificam estes estudos de alarmistas e fundamentalistas, como se não tivessem a perfeita consciência de que a queima de combustíveis fósseis produz subprodutos altamente prejudiciais à saúde.
    Dia após dia verei se consigo resistir à tentação.
    Cumps

    José Lopes

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  5. Querido Guardião:
    Parabéns pelo 38º dia sem fumo! Fala uma ex-fumadora que reincidiu no hábito 5 anos depois de estar sem fumar e numa brincadeira... e que já vai de novo no 5º ano sem fumar... mas que gosta do cheiro... estou ciente dos riscos do fumo do tabaco tal como da poluição... aguardo os próximos carros mistos para trocar o meu, porque não posso viver sem ele, não tenho transportes eficazes para o meu local de trabalho.
    Beijos

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  6. Força na luta contra o tabaco.

    No entanto temos de concordar que se tem de tomar medidas urgentes contra a poluição nas cidades.

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  7. Eu, fumador não fundamentalista, começo por saudar o seu 38º dia sem fumar! É para continuar, sem qualquer vacilação!

    Quanto à Leianti-tabaco, sempre me convencoi de que tens aspectos seguramente correcos e nunca me revoltei quanto á proibição de fumar em recintos fecahdos e nomeadamente em restaurantes e cafés.
    O que defendo é que a liberdade de fumar não seja cortada, pois não preciso de que o Estado olhe pela minha saúde.
    Defendo a existência de "brown cafés", por exemplo, onde o aconselhamento a que os não fumadores não entrem deve ser afixada à porta e bem visível.

    O que sempre me irritou foi a falsa consciência e fundamentalismo de alguns que não fumaam porque nunca calhou serem apanhados pelo vício do tabaco numa época em que fumar era um gesto social e não havia filme ou entrvista na TV onde o fumo de cigarro não fosse um décor.

    Agora, diz-se o que sempre se soube, no fundo. Os fumos dos escapes dos carros e motas fazem muitonpior. Será que os governos vão proibir os veículos motorizados em certas zonas das cidades, pelo menos? E o dinheirinho dos impostos? Subiu-se o preço do tabaco para compensar os cofres dos estados das perdas ocasionadas pelos que deixaram de fumar. Querem lá eles saber da nossa saúde!
    Será esta "descoberta" de agora um pretexto para um novo disparar dos preços dos combustíveis?
    Quanta hipocrisia, quanta mentira!

    Senhores fundamentalistas, tenham ao menos a decência de andar a pé!

    Cumps.

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  8. Peço desculpa pelos erros de digitação, mas o meu computador anda assim, meio lerdo, e eu continuo com o terrível vício de não reler o que escrevo de jacto.

    Jorge P.G. Sineiro

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  9. José
    Sei que eras um fumador inveterado, por isso calculo que será difícil resistir «ao vício». Força nisso, e haja quem nos livre dos fundamentalistas, que são como as beatas a bater com a mão no peito, mas com os pecadilhos debaixo do xaile.
    Bjos da Sílvia

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  10. Meu caro, aproveite a embalagem e deixe o fumo.
    Digo eu que hà três anos cortei radicalmente.
    E agora, se me permite, vou dar uma volta de carro antes que me proíbam as saídas ...

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  11. Ainda não recomeçaste a fumar pois não?

    Abraço

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