A Interrupção Voluntária da Gravidez é um assunto que considero demasiado sensível para ser tratado em meia dúzia de linhas num qualquer blog, pelo que não foi um tema que eu tenha abordado, apesar de a isso ter sido desafiado.
A minha consciência, porque este é um assunto que é de consciência individual, leva-me a votar SIM pois sou claramente a favor da despenalização. Parece-me, como também já alguém disse, que muita gente bem intencionada mesmo que votando no NÃO também é pela despenalização das mulheres que recorram ao aborto dentro dos prazos previstos na actual lei.
O que me leva a alinhavar estas linhas, é o facto de ver políticos monopolizarem a discussão deste tema, como se de política se tratasse, e fazerem aproveitamento da discussão como arma política de arremesso contra os seus adversários. A consciência não é privilégio da esquerda ou da direita (se é que alguém ainda sabe o que isso é) nem devem os políticos monopolizar a opinião dos cidadãos, como parece que pretendem.
Há assuntos, muito actuais, sobre os quais deviam estar mais preocupados, como as condições sociais cada vez mais degradadas, como a saúde cada vez mais cara e distante das populações, o ainda elevado nível de desemprego ou a muita miséria encoberta que por aí existe.
Não reconheço qualquer autoridade moral a quem não resolve os problemas sociais que estão na génese de muitos abortos e se arvora defensor da vida.
Uma pergunta nada inocente deixada para o final:
- Se o NÃO ganhar há algum movimento defensor desta opção que desde já se comprometa a despenalizar as mulheres que no futuro recorram ao aborto?
PS – Também eu constatei que existiam ligações no blogue do não a organizações de extrema-direita, mas não me surpreendi.
A minha consciência, porque este é um assunto que é de consciência individual, leva-me a votar SIM pois sou claramente a favor da despenalização. Parece-me, como também já alguém disse, que muita gente bem intencionada mesmo que votando no NÃO também é pela despenalização das mulheres que recorram ao aborto dentro dos prazos previstos na actual lei.
O que me leva a alinhavar estas linhas, é o facto de ver políticos monopolizarem a discussão deste tema, como se de política se tratasse, e fazerem aproveitamento da discussão como arma política de arremesso contra os seus adversários. A consciência não é privilégio da esquerda ou da direita (se é que alguém ainda sabe o que isso é) nem devem os políticos monopolizar a opinião dos cidadãos, como parece que pretendem.
Há assuntos, muito actuais, sobre os quais deviam estar mais preocupados, como as condições sociais cada vez mais degradadas, como a saúde cada vez mais cara e distante das populações, o ainda elevado nível de desemprego ou a muita miséria encoberta que por aí existe.
Não reconheço qualquer autoridade moral a quem não resolve os problemas sociais que estão na génese de muitos abortos e se arvora defensor da vida.
Uma pergunta nada inocente deixada para o final:
- Se o NÃO ganhar há algum movimento defensor desta opção que desde já se comprometa a despenalizar as mulheres que no futuro recorram ao aborto?
PS – Também eu constatei que existiam ligações no blogue do não a organizações de extrema-direita, mas não me surpreendi.
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BOM CINEMA
The Devil Wears Prada, starring Meryl Streep, above, received nominations for best actress (Meryl Streep) and best costume desgin (Patricia Field) (Photo: Barry Wetcher/20th Century Fox)
FOTOS
CARTOON
Manjul, New Delhi, India
A hipocrisia de defender a vida só quando há referendos é um facto, durante todo este tempo estes falsos moralistas estiveram calados e nada fizeram. Jesue correu com os fariseus do templo, é o que estes beatos merecem. Voto SIM, apesar de ser AnarKa.
ResponderEliminarOs políticos abafam a opinião pública usando todos os meios possíveis e imaginários, e quando o não conseguirem a liberdade de opinião ficará em perigo. A partidocracia não conhece limites, teremos de ser nós a impôr os limites.
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