sábado, janeiro 06, 2007

REFORMA CURIOSA


A tão propagandeada reforma da Administração Pública é uma farsa porque não visa uma melhor gestão dos recursos humanos e consequentes ganhos de produtividade, mas sim pretende atirar pela borda fora funcionários que foram admitidos para justificar as inúmeras chefias colocadas pelos diversos governos. As chefias continuarão nos seus postos ou serão colocados em prateleiras douradas noutros ministérios.
A grande questão é a que se coloca com os serviços que têm manifesta falta de pessoal.
Falo disto porque conforme foi noticiado há serviços extintos a contratar pessoal. É estranho, ou talvez não. O que considero notável é a defesa de tais actos pelo ministério tutelado por Teixeira dos Santos: «a lei não proibiu os serviços de abrirem concursos», «enquanto os serviços não forem fundidos noutros continuam em actividade para o que é necessário ter os recursos humanos adequados» e ainda «a decisão de abertura de concursos é um acto de gestão da exclusiva responsabilidade dos dirigentes máximos dos serviços».

Se as contratações em causa já são inexplicáveis em si mesmas, a não ser por razões políticas, a argumentação é simplesmente um disparate só possível no ministério das Finanças, ou com a sua conivência, pois NENHUM concurso de admissão é possível sem a sua concordância.

Complementar informação em: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Default.aspx


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2 comentários:

  1. Enfim, são os fait-divers da política à portuguesa, a que já nos fomos habituando e por tal, nem causam já grande surpresa.
    Abraço.

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  2. Então os amigos não são para as ocasiões?

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