Os habitantes de Sintra, como o de outras localidades com muito turismo, estão a protestar contra o excesso de turismo que afecta a sua vida diária de diversas formas. O protesto tem sido mal aceite por algumas pessoas ligadas às actividades turísticas, nem sempre usando argumentos sérios.
O que está em causa não é o turismo em si mesmo, mas sim o excesso do mesmo. O problema está perfeitamente identificado, como acontece em Veneza, ou em Barcelona.
Todas as localidades, e os seus habitantes, podem sofrer com diversas actividades, seja a indústria poluente, seja por causa da pressão aeroportuária e consequente ruído, seja por causa de certas minas e pela poluição potencial, ou mesmo pelo excesso de trânsito e os seus malefícios. O turismo em excesso também tem os seus malefícios, e o mais visível a desertificação das zonas onde a sua pressão é exagerada e desregulada.
No Centro Histórico de Sintra quase não há habitantes locais, e mesmo em seu redor, Estefânia, S. Pedro, etc., o número de residentes diminui e os preços das casas e das rendas é proibitivo.
Nenhuma actividade que prejudique os residentes é bem recebida, e por isso há que encontrar um equilíbrio, mas as autoridades locais ignoram o bem estar dos habitantes, causando uma revolta cada vez maior das populações, que pode resultar em prejuízo para os próprios turistas que não têm culpa nenhuma.