A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública admitiu aumentar os funcionários públicos em mais de 0,9%, se a inflação fosse superior a 1%, de modo a esta actualização poder absorver a inflação de 2021. O processo até foi detalhado depois por José Abraão, da FESAP, e todos ficaram à espera do que iria acontecer depois de ser conhecida a inflação em finais de Novembro.
Estes aumentos até estavam a ser contestados por causa dos critérios relativos ao cálculo da inflação, porque para os aumentos das portagens o método é diferente e consequentemente o valor da inflação tido em conta é mais do dobro.
Como se as coisas não fossem já uma trapalhada completa, e mostrasse uma desonestidade a toda a prova, eis que novas declarações vem tornar tudo ainda mais indecente.
Agora o Governo vem afirmar que os aumentos serão de 0,9%, a menos que a inflação "seja substancialmente superior", indicando um valor de de 3% como sendo o limiar mínimo para um aumento maior.
Não fica bem ao Governo usar critérios diferentes para aumentos de preços dos que usa para aumentos de salários e pensões, nem dizer uma coisa e depois acrescentar detalhes que alteram tudo o que foi dito antes.
O Governo , ou pelo menos a senhora ministra, mentiu, e os portugueses não se vão esquecer que tudo isto começou com a promessa do 1º ministro de aumentar (não actualizar) os vencimentos dos funcionários públicos em 1% em 2021, o que evidentemente também não cumpriu.
Sem comentários:
Enviar um comentário