domingo, setembro 20, 2020

CONFINAR OU NÃO É RESPONSABILIDADE DO GOVERNO

António Costa reuniu os especialistas e depois veio dizer que o custo do confinamento foi "brutal" e referiu-se ao custo social, quando todos perceberam que estava a falar primeiro do custo económico, e só depois do social.
 
Logo depois do confinamento, e mesmo durante, todos assistimos às tentativas e esforços para a abertura de fronteiras, sem a ameaça de quarentena, de países emissores de turistas, muito em especial dos ingleses. As medidas de cautela nas fronteiras foram esquecidas, o que interessava era ter turismo e fazer negócio.
 
Enquanto que os esforços se centravam na captação de turistas, os lares de idosos iam registando as primeiras infecções e consequentemente as primeiras vítimas. As autoridades reagiram tarde, e mal, as morte aumentaram, as autoridades mostraram que não estavam preparadas e a confusão é total como se viu depois no caso de Reguengos.
 
Se economicamente o confinamento é muito penalizador, e todos concordamos com isso, também é verdade que há factores que não foram devidamente devidamente resolvidos, como o caso dos transportes, o caso das escolas, e também o dos lares de idosos.
 
Se o Governo quer algum apoio popular deve resolver primeiro estes casos que são gritantes, depois deve criar condições para obviar alguns problemas como os horários das empresas com a concordância dos trabalhadores e não à sua revelia, e responsabilizar as autoridades e não os portugueses pela situação actual. As autoridades estão lá para actuar, para prever e para planear.


 

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