Outro dia, um dos membros (Beira no coração) comentou “Cipaio” na foto do “sinaleiro”...., o que avivou a minha memória de mais uma palavra linda por mim usada , enquanto adolescente na Beira. Embora não seja nenhuma novidade para a maioria dos membros, talvez exista alguém que possa beneficiar da informação que existe disponível sobre o Cipaio, salientando a sua evolução na História.
O “Cipai”, “Sipai”, “Sipaio”, “Cipaio” tem origem na língua persa “sepahi, sepoy ou sipahi” significando cavaleiro turco e, também soldado hindu no exército inglês na Índia, sob as ordens de oficiais britânicos.
Abreviando.... em Moçambique, estes “cipaios” eram vátuas e eram considerados guerreiros destemidos, pois serviam Gungunhana contra o exército português e, que após a rendição do grande chefe negro, os mesmos guerreiros prestaram voto de lealdade ao Rei de Portugal, formando assim unidades de infantaria, com funções de policiamento. Daqui, o significado e o uso de “soldado de infantaria”.
Eles fizeram parte do exército da África Oriental portuguesa, lutando do mesmo lado das unidades que foram enviadas para Moçambique para combater os alemães na primeira guerra mundial, no norte do território e no Tanganica, que era colónia alemã.
Portugal manteve forças de “cipaios” no seu Estado Português da Índia e, qualquer militar português com gabarito (naquela época), passou pela Índia. Moçambique tinha muitas ligações com a Índia.
Mais tarde, Moçambique foi o território ultramarino que tinha o maior contingente de cipaios. Nos anos vindouros esta palavra passou a ser usada, mas como sinónimo de uma força militar, sob a administração portuguesa e, direccionada para o policiamento local e rural, sendo comandada por um oficial europeu.
Esses cipaios landins, pelo que constatei teria sido por volta de 1930/1940, e que a pouco e pouco começaram por participar nas campanhas de ocupação. Começaram por dissociar-se das suas comunidades, a assimilar os valores, os ideais, os gestos e a língua do branco “civilizado” e, sucessivamente ascenderam aos cargos da administração colonial portuguesa, tendo chegado a guardas dos quadros mais importantes, como por exemplo, dos governadores de distrito e do governador geral de Moçambique.
Serviram de elo entre brancos e indígenas e, ao contrário do que se julga, eram eles que aplicavam os mais duros castigos aos desobedientes.
Com a evolução dos tempos, a figura de “cipaio”, que eu me lembro de ver na Beira, já era ligeiramente diferente dos das 3 fotos anexas.
Texto de Ana Anasha
Uma figura que conheci bem e cuja origem não conhecia.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Peço desculpa por este copy e past, mas penso que os amigos merecem uma explicação para a minha ausência. O meu pc estava constantemente a encerrar-se. Como ainda estava dentro da garantia foi para a Worten. Depois de duas semanas telefonaram-me para o ir buscar, disseram que o computador lá nunca encerrou, e que o problema devia estar na tomada em casa. Chamei um eletricista que testou a tomada e disse que não havia qualquer problema na mesma. O que é certo é que o computador continua a desligar-se. Esta manhã aproveitei o filho estar de folga para o levar de novo para a loja. Agora estou com o portátil do filho quem me emprestou para que possa programar as postagens para alguns dias até ver se resolvo o problema.