Não vou entrar na discussão em
torno da tolerância de ponto dada pelo governo no próximo dia 12 de Maio,
discutindo se é absurda ou se é um sinal de imaturidade do regime, mas vou
apenas rebater a argumentação de António Costa, o 1º ministro.
Segundo a TSF António Costa
ter-se-á defendido das críticas de diversos deputados dizendo que “é natural
que muitos portugueses desejem participar na visita do Papa” e que esta é
uma decisão natural e optar pelo contrário seria estranho, uma falta de
respeito e também uma decisão insensível.
Os argumentos do senhor 1º
ministro podem ser considerados por muitos “insensíveis” e até “uma falta de
respeito” por muitos funcionários públicos, que carregando o ónus da
animosidade dos trabalhadores do sector privado, não poderão participar
na visita do Papa, porque o senhor António Costa nem se lembrou que eles
existem, ou nem se importou em discriminá-los, uma vez mais.
Como saberão muitos de vós, os
funcionários dos museus, palácios e monumentos que trabalham em contacto com o
público, na vigilância, lojas e bilheteiras, e apenas estes (nos ditos
serviços), não terão a tal tolerância de ponto (como não têm as outras), e não
poderão seguir a visita no dia 13 de Maio, simplesmente porque estarão a
trabalhar, ao contrário de todos os outros colegas com a mesma categoria e
igual remuneração, que são respeitados pelo governo.
Quando anteriormente disse que
estes funcionários eram alvo de discriminação negativa, alguns torceram o
nariz, mas talvez agora entendam um pouco as razões por que houve a greve na
Páscoa.
Mas não são uma carreira especial?
ResponderEliminarJoca
Não. São assistentes técnicos com horário (obrigação) especial sem qualquer contrapartida.
ResponderEliminarEu trabalhei como AT (Assistente Técnico) na bilheteira de um museu, a trabalhar aos fins de semana, com folgas à segunda-feira e a receber exactamente o mesmo que recebo agora como AT noutra instituição sem trabalhar aos fins-de-semana. Na função pública não se recebe mais um cêntimo por trabalhar ao fim-de-semana.
ResponderEliminarDepende, isso é assim nos museus palácios e monumentos, mas na saúde, por exemplo, é bem diferente porque são considerados serviços essenciais (agora tem outro nome). É precisamente o que se pede, que sejam duma carreira especial, tal como são excepcionais os horários.
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